Mulheres denunciam machismo nas redes sociais

Uma campanha um pouco curiosa e um tanto instigante está tomando as redes sociais nos últimos dias. 
 

Atualmente, as mulheres ocupam menos de 10% dos assentos no parlamento brasileiro. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Mulheres de todo o Brasil estão fazendo postagens contra o machismo e em defesa dos direitos das mulheres. Diversas delas começaram a publicar nas redes sociais indiretas para "amigos" que têm atitudes machistas ou de discriminação no ambiente de trabalho, em casa ou em lugares públicos contra as mulheres. 
 
Com o uso da hashtag #meuamigosecreto, elas simulam revelar uma personalidade, como na brincadeira de final de ano, caracterizando a pessoa com a sua postura desagradável. As denúncias irônicas falam de piadinhas no trabalho, olhares incompreensivos diante de atitudes "inovadoras" das mulheres e o uso de expressões femininas com caráter pejorativo.
 
Veja alguns exemplos: 

 

 
 

A campanha tem todo o seu mérito, mas seria bem bacana mesmo se todas nós, mulheres, tivéssemos a...

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Em quê a ciência pode nos transformar?

Essa semana consegui visitar uma exposição bem interessante no Centro Cultural Banco do Brasil em São Paulo. A artista australiana, Patrícia Piccinini, choca os espectadores com esculturas belas e grotescas, colocadas em convivência harmônica nas salas de sua mostra.

Foto: Divulgação

As obras têm tudo a ver com tecnologia. Patrícia busca mostrar como pode ser a nossa vida daqui um tempo, quando todas as mutações genéticas, alimentos transgênicos e contato tão próximo com os eletrônicos produzirem marcas físicas na natureza e nos seres humanos. Teremos seres diferentes convivendo entre nós? Saberemos ter um olhar livre de julgamentos para com aqueles que fogem dos padrões? 

Patrícia cita algumas lendas antigas que mostram a proteção que animais sempre ofereceram aos seres humanos, em especial às crianças, e transpõe essas histórias utilizando figuras de criaturas fisicamente assustadoras e gestualmente dóceis.

Foto: Divulgação

Uma de suas frases sobre a obra que possui uma menina que...

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Sai pra lá

Aplicativo desenvolvido por adolescente incentiva mulheres a denunciar abusos sexuais. Foto: Reprodução

Uma jovem de apenas 17 anos decidiu investir o dinheiro que gastaria em sua própria formatura para criar um aplicativo que está longe de ser uma brincadeira de adolescente. Catharina Doria desenvolveu o "Sai pra Lá", uma plataforma virtual que coleta denúncias de assédio moral sofridos por mulheres. Em apenas dois dias, o app teve 10 mil downloads, 12 mil curtidas no Facebook e um dado que impressiona: cerca de duas mil denúncias de assédios. 

Quem entra no aplicativo pode escolher a localização e categorizar o tipo de assédio em sonoro, verbal, físico ou outros. A coleta pode se tornar um mecanismo interessante para que as autoridades mapeiem as áreas em que as mulheres estão mais vulneráveis e recolha estatísticas sobre os abusos, além de promover o engajamento das pessoas e a conscientização da sociedade sobre o assunto. 

O app teve um alto volume de denúncias graves, que são...

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Psicologia no Youtube

Já que no último post falamos de polêmicas envolvendo redes sociais, dessa vez vamos falar de uma galera criativa que entende bem o que é usar as redes para compartilhar conhecimento e não julgamentos.
 
Estava olhando alguns vídeos no Youtube essa semana quando me deparei com o canal Minutos PsíquicosCom  mais de cinquenta vídeos, todos em animação, os proprietários do canal explicam conceitos da psicologia de um jeito fácil e curioso para a população. O mais famoso deles, com quase 300 mil visualizações, trata do tema da depressão e na época em que foi lançado viralizou no Facebook.
 
 

Um outro tema interessante explica a capacidade que nós temos de nos colocarmos no lugar do outro, a partir de emoções como a empatia. Com ela podemos tanto ajudar as pessoas quanto absorver todo o sentimento do próximo para si mesmo. 

 

E sabe o que é mais legal? Os vídeos dialogam com o público, convidando as pessoas a realizarem testes ou avaliarem suas próprias condições psíquicas de uma forma...

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Protestar sim, julgar não

Na última semana, uma polêmica tomou conta das redes sociais. Um dos sócios da marca de moda Maria Filó, ao entrar em uma das lojas e se deparar com uma funcionaria grávida de 8 meses, soltou uma declaração infeliz: 

- Ah, em breve vou demitir todas vocês mulheres e contratar somente gays porque eles não engravidam.

Protestar sim, julgar não. Foto: Freepik*

A funcionária fez uma denúncia de assédio moral por discriminação e o episódio logo invadiu a internet. Uma enxurrada de comentários em todos os posts da página da marca condenavam o sócio com diversos tipos de julgamentos, xingamentos e acusações.

A marca fez um post com uma declaração enfatizando que o infeliz comentário foi uma brincadeira e que quem conhece de perto esse empresário sabe que ele tem um jeito jocoso de se comportar.

Brincadeira ou não, a frase jamais deveria ter saído da boca dele e de ninguém, vamos combinar. Mas, se ele errou no discurso, que direito têm as pessoas de acusá-lo publicamente nas redes sociais com...

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Um abraço dos refugiados

Quer ver que ideia incrível? A ONG Atados possui uma plataforma online recheada de oportunidades para quem deseja fazer trabalhos voluntários. E a última desse pessoal - que tem como lema: "Juntando Gente Boa - foi lançar no Brasil o programa "Abraço Cultural", um curso de idiomas oferecido por refugiados que vieram ao País em busca de novas oportunidades. 
 
Disponíveis em quatro línguas - francês, inglês, espanhol e árabe - os cursos custam em torno de R$ 800 por semestre e possuem aulas regulares duas vezes por semana. Além disso, os alunos têm, regularmente, um workshop sobre a cultura local de seus professores (africanos e árabes, especialmente), a fim de promover um intercâmbio entre as diferentes nacionalidades. 
 
Por meio da plataforma digital, a ideia do Atados é levar o projeto para outros países promovendo melhores condições de vida para os refugiados a partir da inserção no mercado de trabalho, da geração de renda e da troca de experiências (essa recíproca) com a...

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Sobre

Todos os conceitos relacionados às mídias sociais e novas tecnologias fascinam pela sua proximidade com a fraternidade. Podemos ir das redes, com seus nós e laços, passar pela colaboração e pelas comunidades e chegar ao simples “social”, que comporta toda a beleza dos relacionamentos humanos. E já que a internet tem suas infinitas possibilidades, nos propomos neste blog a trazer os bons exemplos de comunidades, iniciativas e técnicas que, tijolinho por tijolinho, ajudam na construção de uma sociedade mais fraterna e mais criativa.

Autores

Cibele Lana

Jornalista desde sempre encantada com as múltiplas possibilidades de comunicação e conexão proporcionadas pela internet. Graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo e pós-graduada em Gestão da Comunicação Digital para Empresas pela USP. Já trabalhou em agências e atualmente é community manager em empresa com foco em negócios.