“Aceita o meu oferecimento! Guarda-me como refém em lugar do menor… Eu expiarei por todos nós. Aqui, diante de ti, estrangeiro, tomo o tremendo juramento que nós, os irmãos fizemos, tomo-o com as mãos ambas e parto-o em dois sobre os meus joelhos. Ao nosso undécimo irmão, o cordeiro do pai, o primeiro filho da esposa verdadeira, não o devorou nenhuma besta-fera: nós, os irmãos, o vendemos ao mundo” (Thomas Mann, José e seus irmãos) .
Para curar feridas profundas das relações primárias da nossa vida (a fraternidade) é preciso tempo, é vital. Ninguém consegue reconciliar-se verdadeiramente se não permitir que a dor-amor entre até à medula da relação doente, seja absorvida e, lentamente, a cure. São sobretudo necessárias ações que, com a linguagem do comportamento que desejamos, digam com verdade ‘recomeçar’.
A segunda parte do ciclo de José é uma esplêndida lição sobre o processo de reconstrução da fraternidade negada, sobretudo quando há uma vítima inocente que, depois de longo e...