Sete milhões de pessoas em todo o mundo participaram até agora da pesquisa Meu Mundo, uma enquete global, da Campanha do Milênio da ONU, que é a maior já realizada pelas Nações Unidas nos 70 anos de sua história. A consulta, aberta a todas as pessoas, entidades da sociedade civil, do setor privado, do governo e da comunidade científica, pede que os participantes definam suas prioridades na construção de um mundo melhor.
Mundo em rede. Foto: Freepik
O relatório Nós, os povos: Comemorando 7 milhões de Vozes, que detalha os resultados globais da pesquisa até o momento, foi apresentado na última sexta-feira (12), em um cerimônia especial na sede da ONU em Nova York.
O documento revela que 70% das pessoas que participaram são jovens com menos de 30 anos. “Isto indica como os jovens estão comprometidos na criação de um futuro melhor”, disse o enviado do secretário-geral da ONU para a Juventude, Ahmad Alhendawi.
Entre os países que participaram da pesquisa, o Brasil está na 13ª colocação com 51.612 votos. Deste total, 54% são jovens com menos de 30 anos, 23% têm idades entre 30 a 45 anos, e 24% mais de 45 anos.
Uma boa educação, um governo honesto e atuante, um melhor serviço de saúde, proteção contra o crime e a violência, proteção das florestas, rios e oceanos, e o acesso à água potável e saneamento são as seis questões definidas pelos brasileiros como prioridades para que o mundo tenha um futuro melhor.
Além das prioridades destacadas acima, o jovens com até 30 anos desejam ter liberdade contra a discriminação e perseguição, bons transportes públicos e estradas, e melhores oportunidades de emprego. Já as pessoas com mais de 60 anos destacaram a importância de terem alimentos saudáveis e nutritivos, liberdade política e igualdade de gênero no futuro.
A pesquisa global Meu Mundo continuará ouvindo as pessoas até setembro de 2015. Os resultados serão compartilhados com os líderes mundiais que definirão a agenda de desenvolvimento global pós-2015, que vai ampliar os resultados dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, e enfrentar as desigualdades que ainda persistem.
A agenda pós-2015 já está sendo considerada a “mais inclusiva que o mundo já viu”, graças a participação de milhares de cidadãos de todos os cantos do planeta.