Começa nesta sexta, 22 de agosto, mais uma Bienal Internacional do Livro de SP, em sua 23ª edição. Num país que pouco lê e pouco celebra a literatura, o evento tem um peso descomunal. Ao longo de nove dias (vai até 31 de agosto), são esperados mais de 700 mil visitantes no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da capital paulista. Pelos corredores estarão espalhados quase 500 expositores, com suas prateleiras tomadas de livros de todo o tipo, do infantil ao esotérico, do romance à autoajuda, do policial ao HQ. Se o espaço fosse maior e mais confortável, poderia receber mais gente. O Anhembi está no limite de sua capacidade física. E não há alternativas na capital paulista.
Cassandra Clare, autora da saga Instrumentos Mortais. Foto: Divulgação
A Bienal do Livro, em tese, precisa oferecer mais do que uma feira de livro de proporções bíblicas. Há um viés cultural importantíssimo, centrado numa programação com debates e mesas com autores. A ideia é conjugar o lado comercial com o lado conceitual, até porque eles caminham juntos. Na composição dos nomes, a Câmara Brasileiro do Livro (CBL) e o Sesc buscaram equilibrar representantes mais populares, como Cassandra Clare, da saga Instrumentos Mortais, com figuras de perfil acadêmico, como o professor da universidade de Stanford e crítico literário alemão Hans Ulrich.
Tem atrações para todos os gostos. O espaço mais concorrido deverá ser o “Salão de Ideias”, que conta com 120 convidados em 34 mesas de discussão. Na lista, estão escritores como Ziraldo, Gregório Duvivier, Carlos Heitor Cony, Alberto Mussa, Cristovão Tezza, Antonio Prata, Milton Hatoum e Ruy Castro. Ao todo, sete espaços foram criados com intuito de embalar essa programação em linguagens e temáticas específicas. O “Anfiteatro”, por exemplo, vai receber peças de teatro e shows musicais, de artistas como Zélia Duncan, Ceumar, Hermeto Pascoal e Zeca Baleiro.
Uma das boas novidades é o espaço “Cozinhando com as Palavras”, em sintonia com a uma forte tendência do mercado: os livros de gastronomia. Chefs, especialistas, jornalistas e críticos da área vão conversar com o público e, de vez em quando, executar algumas receitas.
Não há qualquer custo extra para participar de qualquer um dos eventos da programação. Está tudo incluso no preço pago pela entrada (de R$ 12 a R$ 14). A lógica é só chegar com antecedência para retirar a senha e garantir um lugar.
Guardo com carinho todas as minhas idas à Bienal do Livro, em especial as da época do colégio – mesmo aquelas organizadas em excursão. A graça está em estabelecer contato com esse mundaréu de livros e autores sem qualquer tipo de imposição. Não se trata de “obra obrigatória” ou “esse vai cair no vestibular”, mas de farejar e encontrar aqueles títulos que mais combinam com sua personalidade e preferências literárias. É uma delícia. O tempo se esgota em segundos e mal dá tempo de abraçar todas aquelas opções. O maior desafio é fazer caber no apertado orçamento pessoal...
Cidade Nova marca presença na Bienal
Como já é tradição, a editora Cidade Nova estará presente no evento com um estande. Além disso, teremos uma programação própria com lançamento de livros e sessão de autógrafos. Para mais informações, acesse aqui.
Serviço:
BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO
QUANDO: de 22/8 a 31/8; de segunda a sexta, das 9h às 22h; aos sábados e domingos, das 10h às 22h
ONDE: Pavilhão de Exposições do Anhembi, av. Olavo Fontoura, 1.209; tel. (11) 2226-0500
QUANTO: de R$ 12 a R$ 14 (em www.ticketsforfun.com.br)
PROGRAMAÇÃO: www.bienaldolivrosp.com.br
