O mundo da tecnologia foi surpreendido no começo do mês com a compra bilionária do LinkedIn pela Microsoft: cerca de US$ 26 bilhões. Depois da frustrada compra da Nokia que só rendeu prejuízos e custou “apenas” US$ 7,5 bilhões em 2014, a ansiedade e uma série de questionamentos tomaram conta do mercado. Por que o LinkedIn tem tanto valor para a Microsoft?
Por que a Microsoft pagou 26 bilhões de dólares pelo LinkedIn?. Foto: Divulgação
Certamente, a primeira resposta que vem à mente é pela base de mais de 433 milhões de usuários e um público muito bem segmentado para que a Microsoft lucre com anúncios dentro da plataforma.
Mas juntamente com a base de usuários, podemos dizer que a Microsoft também tem um enorme interesse em dominar de vez o ambiente corporativo, desde o sistema operacional [o Windowns está instalado em 91% dos PCs do mundo], passando por aplicativos de produtividade, serviços na nuvem, e-mails profissionais como o Outlook, serviços de mensagens instantâneas como o Skype Business e agora, finalmente, com uma rede social para os funcionários interagirem e encontrarem oportunidades, além de expandirem o network.
E o LinkedIn já vem com aquele “plus” a mais, que é o fato de ser uma rede social e possuir uma infinidade de conteúdos e conexões.
Enquanto Google e Facebook brigam pelo mercado B2C, a Microsoft parece querer se desligar dessa briga e garantir a fatia de mercado B2B que ela já bem conhece. E com a melhor parte: O LinkedIn não tem concorrência. É a única e melhor plataforma de perfis profissionais e empregos do mundo.
No anúncio da compra, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, já deu indícios do que pode vir por aí. Uma das promessas é integrar o Office ao LinkedIn e proporcionar aos usuários experiências únicas, como obter sugestões de experts em determinadas temáticas pelo LinkedIn enquanto você trabalha em um projeto no Word ou no Power Point sobre o mesmo assunto. Já pensou?
Ao menos seriam soluções de conteúdo mais produtivas e com mais foco em conhecimento compartilhado do que em consumo de bens.
Até a próxima!