A revista Nature Biotechnology trouxe uma reportagem surpreendente em sua última edição. De impressora 3D todo mundo já ouviu falar. Elas são capazes de recriar próteses e materiais plásticos, de resina e metálicos com perfeição, imprimindo camada a camada da superfície.
Foto: Wake Forest Institute for Regenerative Medicine/Nature Biology
A grande novidade agora são as impressoras 3D de materiais biológicos. Isso mesmo. Cientistas já começam a testar tecidos impressos com essas impressoras, fortes o suficiente para serem usados em transplantes. Até agora, ossos de mandíbula, estruturas de cartilagem e um ouvido humano já foram impressos e estão sendo testados em ratos.
Ao contrário das impressoras que existiam até o momento e que eram incapazes de recriar tecidos humanos com perfeição, a nova tecnologia que está sendo testada utiliza materiais biodegradáveis que parecem com plástico para moldar a forma do tecido e um gel com base de água que compõe parte da estrutura da célula, proporcionando mais estabilidade.
Foto: Wake Forest Institute for Regenerative Medicine/Nature Biology
Além disso, os pesquisadores conseguiram outra vitória, ao inserir microcanais que permitem o transporte de células e a formação, por consequência, de tecidos maiores. O que acontece é que esses microcanais acabam funcionando como capilares sanguíneos.
Para os testes em ratos, foram usadas células-tronco para criar fragmentos de ossos da mandíbula. Após cinco meses da impantação nos animais, as estruturas formaram tecidos ósseos vascularizados. Uma boa notícia para um futuro, talvez muito próximo, de reconstrução de órgãos e músculos de pessoas acidentadas. É esperar para ver.
*Com informações Gizmodo Brasil