Garantir o direito de aprender das crianças com deficiência é o objetivo do projeto “Portas Abertas para a Inclusão – Educação Física Inclusiva”, que iniciou sua terceira edição em 16 cidades brasileiras, na última semana de maio.
Projeto “Portas Abertas para a Inclusão — Educação Física Inclusiva” atua em escolas públicas. Foto: Instituto Rodrigo Mendes
Realizada pelo Instituto Rodrigo Mendes em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e apoio da Fundação Futebol Clube Barcelona, a iniciativa envolve cerca de 500 profissionais de escolas públicas.
Os encontros com os educadores acontecem até o final deste ano. Participam da nova edição da iniciativa as capitais Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo, além do município fluminense de Belford Roxo.
“Por meio do esporte e da brincadeira, queremos promover o direito das crianças com deficiência a estar na escola, aprender e se desenvolver com as demais”, disse Rodrigo Fonseca, especialista da área de Esporte para o Desenvolvimento do UNICEF no Brasil.
“Acreditamos que, neste ano em que as Paralimpíadas acontecem no Brasil, temos mais uma inspiração para assegurar o esporte na vida de cada criança”, completou.
No decorrer do projeto, os participantes do “Portas Abertas” são estimulados a repensar como acontecem as aulas de educação física na sua escola, criando novas atividades, adaptando materiais, superando preconceitos. A partir de um diagnóstico sobre a realidade de cada escola, os profissionais criam novas propostas pedagógicas e trocam experiências entre si.
Desde 2013, o projeto já envolveu 782 professores, gestores escolares e técnicos de secretarias municipais de Educação. Ao todo, quase 60 mil estudantes foram afetados.
“Nas diferentes cidades, deparamo-nos com resultados muito emocionantes e motivadores. Muitas vezes, a partir da mudança nas aulas de educação física, conseguimos mudar a forma de toda a escola compreender e se relacionar com as diferenças humanas, superando desigualdades”, disse Rodrigo Hübner Mendes, superintendente do Instituto Rodrigo Mendes.
Com a certeza de que essas práticas podem ser ampliadas e reinventadas por outras escolas, será lançado ainda neste semestre um guia de práticas de educação física inclusiva, elaborado a partir das experiências desenvolvidas pelos participantes.