Um acordo firmado em Londres no início de fevereiro junto ao Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) tornará possível o fornecimento de comida para 4,5 milhões de pessoas dentro da Síria, até o final de 2016. Outros 1,8 milhão de refugiados sírios vivendo na Jordânia, Líbano, Iraque e Egito serão beneficiados pelo financiamento de doadores internacionais.
Com o volumoso financiamento acordado em Londres, o PMA conseguirá fornecer, até o final de 2016, comida para milhões de sírios que estão morando dentro do país ou em nações da região, como a Jordânia, o Iraque e o Líbano. Foto: Dina El-Kassaby/PMA
Estimada em 675 milhões de dólares, a verba liberada para as atividades do PMA foi a mais alta já registrada, permitindo uma “abrangente restauração” das atividades de assistência. Com o montante, o Programa conseguirá também entregar uma cesta de alimentos completa para famílias que moram na Síria, durante o período de abril a outubro desse ano.
As contribuições fortalecerão ainda o oferecimento de refeições em escolas, além de outras formas de distribuição de comida.
“Em nome do povo sírio cuja vida foi dilacerada pelo conflito, nós agradecemos aos líderes mundiais que se manifestaram em Londres. A generosidade deles significa que nós somos capazes de satisfazer plenamente as necessidades alimentares básicas imediatas” das populações afetadas pela guerra, afirmou a diretora executiva do PMA, Ertharin Cousin.
Assistência humanitária chega a regiões sitiadas
No fim de fevereiro, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) afirmou que deverá conseguir entregar assistência para cerca de 154 mil pessoas vivendo em zonas sob cerco, na Síria. Entregas estão previstas para alcançar as populações de Madaya, Zabadani, Kefraya, Foah e a Ghouta Oriental.
No dia de seu comunicado (29/02), caminhões já haviam chegado a Moadimiyeh. A assistência distribuída pelo OCHA inclui alimentos, água, remédios, materiais domésticos, médicos e de saneamento.
O objetivo é ajudar os 4,6 milhões de sírios que estão em áreas de difícil acesso. Desse contingente, quase 500 mil vivem em locais sitiados. O OCHA reiterou o pedido das Nações Unidas para que todas as partes do conflito ponham um fim aos cercos e garantam o acesso incondicional e livre da assistência humanitária.