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ONU anuncia projeto para prevenir violações dos direitos humanos e genocídios

Criado em resposta ao fracasso da organização em evitar crises como a da Síria, o "Direitos Humanos em Primeiro Lugar" promove a capacitação das equipes das Nações Unidas

por ONU Brasil   publicado às 10:24 de 01/02/2016, modificado às 10:24 de 01/02/2016

Em mensagem à Assembleia Geral da ONU, o vice-secretário-geral das Nações Unidas, Jan Eliasson, destacou, na semana passada, a importância da iniciativa "Direitos Humanos em Primeiro Lugar" (Humans Rights up Front), que busca prevenir violações dos direitos humanos e o genocídio. O projeto foi concebido pelo chefe da Organização, Ban Ki-moon, em 2013, em resposta ao fracasso das Nações Unidas em impedir os derramamentos de sangue na Síria e em outros conflitos mais antigos, como os massacres de Ruanda e Srebrenica.

Imagem da cidade de Homs, na Síria, em 2012. Guerra no país e crises anteriores, como os massacres de Ruanda e Srebrenica, levaram o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a idealizar um projeto de prevenção, em 2013. Foto: PMA/Abeer Etefa

O programa promove o treinamento das equipes da ONU, a fim de prepará-las para identificar, com antecedência, riscos que poderiam levar a atrocidades. A capacitação instrui os profissionais das Nações Unidas a respeito dos mandatos da Organização e dos seus compromissos para com os direitos humanos. O projeto também prevê a transmissão de informações imparciais aos Estados-membros sobre pessoas sujeitas a abusos.

O projeto "Direitos Humanos em Primeiro Lugar" almeja tornar o trabalho da ONU mais coerente, fortalecendo as relações com a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança e o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. A iniciativa pretende dar mais apoio às equipes em campo, contribuindo para a prevenção de crises. Segundo Eliasson, o programa oferece uma ferramenta “que pode fazer a diferença nas vidas de milhões de pessoas”.

Humans Rights up Front quer aprimorar como o sistema ONU funciona e como os funcionários devem trabalhar”, afirmou o vice-secretário-geral. O projeto “não define diretamente o papel dos Estados-membros na prevenção. Mas eu teria esperança de que os Estados-membros identificassem os elementos da iniciativa que eles podem adotar de forma útil em seus esforços nacionais”.

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