Uma mochila gigante viajará por diversos países das Américas, incluindo o Brasil, coletando brinquedos e mensagens de apoio às crianças refugiadas, deslocadas internas e apátridas. Seu destino final é a Jordânia, onde os presentes serão entregues para crianças refugiadas do conflito na Síria.
Apoie a campanha nas redes sociais por meio da hashtag #mochilaviajante. Foto: Divulgação
A campanha “A Volta ao Mundo em uma Mochila” foi lançada na última quinta-feira (10) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Dos quase 60 milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo, 52% são jovens e crianças com menos de 18 anos de idade. A campanha pretende sensibilizar o público sobre o impacto do deslocamento causado por conflitos e violações de direitos humanos na vida desses milhões de meninas e meninos.
Outro objetivo da campanha é promover a solidariedade e romper as barreiras entre as crianças. Confeccionada pela Totto, importante fabricante de malas e bolsas da região, a mochila viajante terá um dispositivo de vídeo para que as crianças – refugiadas e não refugiadas – gravem mensagens e façam suas doações.
O itinerário da mochila começa em Bogotá, no Dia Mundial do Refugiado (20/06), seguindo depois para Venezuela, Panamá, México, Honduras, Costa Rica, Brasil, Argentina e Estados Unidos. O percurso será concluído na Jordânia, em outubro.
A mochila viajante tem estampa inspirada no artesanato tradicional da Colômbia – país com uma das mais prolongadas crises que geram deslocamento forçado – e cruzará as fronteiras de barco, carro e avião, recolhendo depoimentos de sonhos e esperança. A campanha pode ser apoiada nas redes sociais por meio da hashtag #mochilaviajante.
As guerras e os conflitos continuam sendo as principais causas do deslocamento forçado no mundo. Aproximadamente 55% dos refugiados afetados por conflitos armados são provenientes do Afeganistão, Somália, Iraque, Síria e Sudão. A maioria dos deslocados internos está na Síria e na Colômbia. E outras 10 milhões de pessoas são apátridas lutando por seu direito a uma nacionalidade no Myanmar, Tailândia, Côte d’Ivoire e República Dominicana, entre outros países.