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Projeto capacita agentes de promoção de acessibilidade em comunidades do RJ

Aulas de libras, audiodescrição, livro falado e outras técnicas de comunicação acessível são o foco do curso que está capacitando cerca de 60 jovens da Vila Kennedy

por Flávia Villela - Agência Brasil   publicado às 09:58 de 21/04/2015, modificado às 09:59 de 21/04/2015

Aulas de libras (linguagem de sinais), audiodescrição, livro falado e outras técnicas de comunicação acessível são o foco de um curso que está capacitando cerca de 60 jovens da Vila Kennedy, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte do Projeto Agentes de Promoção da Acessibilidade da Escola de Gente, voltado para jovens de comunidades de baixa renda em conteúdos de inclusão e acessibilidade.

Andreza Lemos conversa em Libras com a intérprete Flávia Regina. As duas usam a camiseta do projeto Agentes de Promoção da Acessibilidade. Foto: Divulgação

Criado há 13 anos, na Vila Kennedy, o projeto tem apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), que dá aulas sobre direito trabalhista e meios de eliminar a discriminação no mercado de trabalho. Ao todo, serão oferecidas oito turmas para cerca de 20 alunos em diferentes comunidades da cidade.

O coordenador de Projetos Culturais da Escola de Gente, Hércules Soares, explica que o curso dura cerca de dois meses e meio e busca formar agentes de promoção de acessibilidade em suas comunidades e no mercado de trabalho, de forma a fortalecer o diálogo entre pessoas com e sem deficiência, fomentar a inclusão e erradicar o preconceito. “Esses jovens, interagindo com jovens com e sem deficiência no espaço onde eles atuam e moram, podem defender o direito à comunicação dessas pessoas com deficiência, que são muito excluídas da sociedade.”

Além das técnicas de comunicação acessível, as seis oficinas trabalham questões como diversidade, discriminação e inclusão. “O curso ajuda também a que esses jovens tenham um currículo diferenciado no mercado de trabalho. Empresas e organismos governamentais cada vez buscam mais profissionais com essa expertise”, informa Hércules.

Uma das alunas, Alessandra Gualberto, 30 anos, é jornalista e não tem deficiência. Ela buscou o curso para ajudá-la na produção da monografia sobre a inclusão do deficiente visual no jornalismo. “Temos visão de integração, mas não de inclusão, que é ter uma sociedade preparada para todos, por isso me interessei”, afirma. “Aprendi a me comunicar melhor com as pessoas sem ser de forma discriminatória, passei a lidar com isso de uma maneira mais natural.”

A próxima turma começa no início de maio, na sede do Centro de Promoção da Saúde. Para participar, é preciso ter entre 16 e 29 anos, com ou sem deficiência.

Tags:

comunidades, inclusão, rio de janeiro, discriminação, curso, deficiência, mercado de trabalho, audiodescrição, escola de gente, libras, vila kennedy, assessibilidade, livro falado

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