Economia / Política
  

Banco Mundial desenvolve ferramenta para ajudar a determinar custo do serviço público

Conhecer e administrar o custo de cada serviço público, além de prestá-los com eficiência, representa um grande desafio para os governos de países em desenvolvimento

por ONU Brasil   publicado às 07:00 de 14/08/2014, modificado às 07:37 de 14/08/2014

Você faz ideia de quanto custa um aluno no ensino médio? Sabia que um mesmo tratamento de saúde pode ter custos diferentes em dois hospitais públicos? Não se preocupe se não souber as respostas. Conhecer e administrar o custo de cada serviço público representa um desafio até para os governos. Mais desafiador ainda é como prestá-los com mais eficiência, ou seja, entregar o serviço público com um padrão de qualidade aceitável ao menor custo possível.

Alunos de robótica em uma escola pública no interior de Pernambuco. Foto: Banco Mundial

No entanto, isso é vital para os governos brasileiros hoje. O total de impostos pagos pelos brasileiros chega perto de 36% do Produto Interno Bruto (PIB), tornando difícil a melhora desses serviços simplesmente por meio do aumento do gasto público.

Para auxiliar os governos a prestar melhores serviços públicos, o Banco Mundial no Brasil vem desenvolvendo uma pesquisa sobre as metodologias e práticas de custeamento de serviços públicos. Agora, eles disporão de um referencial para calcular o custo desses serviços. Assim, ganham os governos e a população brasileira, que não só terão melhores serviços, mas também terão a segurança de que o Estado busca fazer isso da maneira mais eficiente possível. 

Muitos países em desenvolvimento, inclusive o Brasil, têm se conscientizado da importância de gerar, manter e utilizar as informações de custo para poder fazer mais com menos. Porém, até agora, não se documentavam as práticas e as técnicas usadas pelos países desenvolvidos para calcular os custos dos serviços públicos.

A pesquisa vem suprir a lacuna ao documentar tais práticas e buscar torná-las acessíveis às equipes dos governos municipais, estaduais e federal. O estudo, que ficará pronto em outubro, antecipa algumas conclusões: mesmo nos países mais ricos, o custeamento de programas e serviços públicos ainda é uma área em desenvolvimento e que o custeamento é exigido para a criação de novos programas ou expansão de programas existentes. A pesquisa também conclui que a responsabilidade por calcular os custos dos programas é de cada órgão setorial, como o ministério ou secretaria que cuida desse tema. No entanto, os órgãos centrais do governo sempre podem solicitar informações de custos para aprovar novos programas ou até sugerir e padronizar metodologias de custeamento.

Tags:

eficiência, custos, administração pública, banco mundial