Foto: Clarice Castro/GERJ
Cem detentos do sistema penitenciário do Rio de Janeiro estão trabalhando no primeiro viveiro de mudas florestais de Mata Atlântica instalado em uma unidade prisional no estado.
Os internos, que cumprem pena no regime semiaberto, participam do projeto Replantando Vida, iniciativa da Companhia Estadual de Águas e Esgotos em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e a Fundação Santa Cabrini. Localizado na Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares Mattos, em Magé, na Baixada Fluminense, o espaço tem capacidade para produzir 1,3 milhão de mudas por ano.
A iniciativa utiliza mão de obra de detentos para realizar o replantio de espécies prioritariamente nas bacias dos rios Guandu e Macacu. A cada três dias de trabalho, cada apenado reduz um dia de pena.
O trabalho de ressocialização tem transformado a vida de muitos detentos, que podem optar pela capacitação em agentes de reflorestamento na Universidade Rural do Rio de Janeiro.
Integrado ao projeto, Carlos da Silva, de 55 anos, acredita que o trabalho é uma oportunidade de aprender um ofício e reduzir a pena. Ele espera retornar ao mercado de trabalho, quando sair do sistema prisional. "Aqui aprendemos uma função. Além do ofício, estou reduzindo minha pena. Estou muito satisfeito em participar deste projeto", disse Carlos.