A principal conclusão de uma pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas sobre o legado social deixado pelos Jogos Olímpicos é de que o evento reverteu uma tendência negativa nos indicadores da cidade do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro recebe o fogo olímpico. Foto: J.P.Engelbrecht/Prefeitura do Rio
De 24 fatores analisados houve melhora em 18 e piora em apenas um: saneamento básico, de 2008 um ano antes do Rio ser anunciado como cidade olímpica para cá.
Já entre 1992 e 2008, dez desses indicadores estavam piorando. De acordo com o coordenador do levantamento Marcelo Nery, os dados já consideram uma comparação entre o Rio e os municipios vizinhos, o que mostra que a escolha da cidade teve impacto no dia a dia dos cariocas.
A pesquisa também apresenta 12 indicadores que não podem ser comparados com o período anterior ao anúncio da cidade como sede pela falta de dados, mas dez deles apresentaram melhora nos últimos anos.
A exceção fica por conta de dois indicadores que medem o tempo gasto no transporte. Hoje o carioca perde quatro horas e meia a mais por mês indo e voltando do trabalho do que perdia em 2008.
Quanto à renda do carioca o levantamento mostra que tem crescido substancialmente, tendo sido a maior entre as 27 capitais do país em 2013 e sendo hoje de em média R$ 2.800.