A Argentina comemorou no sábado 200 anos de iIndependência da monarquia espanhola. Um desfile de costumes tradicionais e de representantes de comunidades estrangeiras que moram no país marcou as celebrações, além de eventos políticos que contaram com a presença do presidente Maurício Macri e de autoridades de outras nações.
Durante as celebrações, Macri falou em trabalhar por um "futuro melhor" para o país. Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Os festejos foram realizados na cidade de São Miguel de Tucuman, onde há 200 anos foi assinada a Declaração de Independência das Províncias Unidas do Rio la Plata, proclamando liberdade e autonomia dos argentinos. Ao lado dos governadores das províncias do estado e da vice-presidente Gabriella Michetti, Macri assinou um documento que reafirma compromissos com a independência.
“O primeiro século foi da emancipação e organização, o segundo foi o da conquista dos direitos e da democracia, e o terceiro o do diálogo e da convivência, o fim da injustiça e o irrestrito cumprimento da Constituição Nacional, com paz, união e liberdade”, diz a nova proclamação.
Após as assinaturas, Macri afirmou que o governo trabalha “para recuperar o gás, eletricidade e energia suficiente para crescer”, e pediu que os argentinos “não tenham medo” para chegarem a um “futuro melhor, com outros valores, com base no trabalho, esforço pessoal, e do diálogo”.
Concerto nos festejos
Na noite anterior, cerca de sete mil pessoas, de acordo com os organizadores, compareceram ao Grande Concerto Federal, que contou com a apresentação de 300 artistas entre músicos e bailarinos interpretando repertórios clássicos da música tradicional argentina.
De acordo com o ministério das Relações Exteriores brasileiro, a Argentina é um “sócio fundamental” do Brasil na construção do projeto de integração regional, representado pelo bloco do Mercosul, e contribui para a cooperação e a paz na região.
Segundo o Itamaraty, o império português, instalado no Rio de Janeiro em 1821, foi o primeiro a reconhecer a independência argentina.
Um comunicado informa que os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, estão na Argentina representando o Brasil nos festejos.
“O governo brasileiro congratula o governo e o povo da Argentina pelas conquistas alcançadas desde a sua independência e reafirma a disposição de seguir trabalhando para que, sobre as sólidas bases já existentes, as relações entre os dois países se fortaleçam ainda mais, sob o marco da fraternidade, do dinamismo e de um futuro de prosperidade compartilhada”, diz o ministério, por meio de nota.
O papa Francisco, que é argentino, enviou uma carta aos seus conterrâneos, dizendo querer estar perto dos que mais sofrem, como os doentes, os pobres e as vítimas de tráfico de pessoas.