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Iniciativa mostra empoderamento digital de jovens e educadores brasileiros

Para a ONG Comitê para Democratização da Informática, a meta é “fazer uso qualificado da tecnologia para fortalecimento do ser humano e impacto social em suas comunidades”

por Alana Gandra - Agência Brasil   publicado às 08:53 de 31/03/2016, modificado às 08:53 de 31/03/2016

O impacto positivo da tecnologia na vida de jovens, educadores sociais, professores, bibliotecários e empreendedores sociais está repercutindo nas redes sociais durante a Semana Nacional do Empoderamento Digital, que termina amanhã (1º). Segundo eles, o mundo virtual tem possibilitado um aumento da capacidade de troca de experiências e de crescimento pessoal.

Para a ONG Comitê para Democratização da Informática, a meta é “fazer uso qualificado da tecnologia para fortalecimento do ser humano e impacto social em suas comunidades”. Foto: Ricardo Matsukawa

É o caso de Tales Gomes, reconhecido pela publicação Forbes Brasil como um dos jovens empreendedores sociais mais promissores do Brasil abaixo dos 30 anos. Ele é um dos criadores da Plataforma Saúde, que usa tecnologias móveis para auxiliar comunidades com pouco acesso aos serviços básicos de saúde. A ferramenta gerencia dados de saúde e ajuda a prevenir doenças como hipertensão e diabetes. “Isso é empoderamento digital”, afirma Gomes.

O ativista do Coletivo Papo Reto, Raul Santiago, morador do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, salienta também que, atualmente, já é possível usar o celular para denunciar violações de direitos humanos, por meio de fotos, vídeos e internet, ou para expor o que existe de positivo nas favelas do país. “Tornar a narrativa multimídia e jogar para longe a exclusão. Isso é empoderamento digital”, manifesta em seu depoimento na campanha coordenada pela organização não governamental (ONG) Comitê para Democratização da Informática (CDI).

O projeto foi iniciado em 2001, com a Semana Nacional da Inclusão Digital e, agora, em 2016, evoluiu para a Semana do Empoderamento Digital. A gerente de Relacionamento do CDI, Camila Rocha, afirma que os desafios, 15 anos depois, são outros e objetivam mostrar que o empoderamento digital é “fazer uso qualificado da tecnologia para fortalecimento do ser humano e impacto social em suas comunidades”.

A ONG está convidando pessoas para que gravem vídeos e desmistifiquem o tema do empoderamento digital para a população. Esse tema, segundo ela, não é totalmente conhecido por toda a sociedade. “A gente está chamando pessoas que fazem uso da tecnologia como algo transformador e algo que conecte e empodere, para elas mesmas dizerem o que é o empoderamento digital na prática”. Os depoimentos são divulgados pelas redes sociais.

Camila Rocha enfatiz que, para que esse movimento possa influenciar na formulação de políticas públicas, ele tem de ser um movimento da sociedade como um todo. “Nesse primeiro momento, a gente quer desmistificar o tema, levando a consciência que tecnologia pode ser usada para impacto social e para o fortalecimento dos indivíduos. É o uso consciente. Não basta a pessoa ficar fazendo compras online ou nas redes sociais. Você pode fazer um aplicativo para resolver um problema seu do dia a dia, de mobilidade, no transporte público; você pode fazer do uso da tecnologia algo realmente transformador”.

Segundo a gerente do CDI, a ideia é integrar a população para que, no futuro, sociedade, governo e todos os atores importantes juntos possam influenciar na criação de políticas públicas. Fundado há 21 anos, o CDI foi pioneiro do Brasil na bandeira da inclusão digital.

*Texto original editado pela Cidade Nova.

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