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"Internet das coisas" pode potencializar desenvolvimento de países emergentes

Tecnologia que conecta aparelhos entre si já é comum e barata. Para a agência da ONU, conectividade pode auxiliar na prestação de serviços básicos

por ONU Brasil   publicado às 08:42 de 25/01/2016, modificado às 08:45 de 25/01/2016

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) destacou, na última semana, que os países emergentes podem superar diversos desafios de desenvolvimento caso explorem a tecnologia conhecida como "internet das coisas". Em 2015, mais de um bilhão de equipamentos automatizados foram encomendados. Segundo previsões da agência da ONU, esse ramo das tecnologias de comunicação e informação (TICs) deve gerar lucros de cerca de 1,7 trilhão de dólares, até 2019.

Sensores usados nas plantas medem a quantidade de água, sol e temperatura. Foto: Postscapes (cc)

Em relatório elaborado com a empresa multinacional Cisco Systems, a agência das Nações Unidas identificou as razões pelas quais a "internet das coisas" (ou IoT, na sigla em inglês) conserva um enorme potencial para o cumprimento da Agenda 2030 em economias em desenvolvimento.

O conceito de IoT diz respeito a um número crescente de aparelhos, desde computadores e smartphones até sensores e chips simples, que estão conectados à internet e são capazes de se comunicar com outros equipamentos, frequentemente sem a necessidade de uma intervenção humana. Essa conectividade já é extensivamente utilizada em sistemas de armazenamento, na gestão de frotas, no monitoramento ambiental e em muitos processos industriais. Até 2020, estima-se que 20 bilhões de aparelhos estarão conectados em alguma forma de rede.

Para a UIT, nações em desenvolvimento podem explorar a "internet das coisas" na prestação de serviços básicos de saúde e educação, bem como em outras áreas, para melhorar a qualidade de vida das populações. Em sua pesquisa, a agência mostra como os aparelhos equipados com essa tecnologia já são comuns, baratos e facilmente substituíveis em mercados emergentes. Esses países também contam com a infraestrutura básica necessária para o funcionamento da IoT, como conexão com a internet.

A agência da ONU calcula que a conectividade móvel alcança quase todas as pessoas residentes em países em desenvolvimento. A cobertura 2G já atingiu o índice de 95% e níveis cada vez maiores têm sido registrado para a conexão 3G, cuja penetração é estimada em 89% para moradores de áreas urbanas. A UIT ressaltou ainda que a "internet das coisas" não necessita de uma estrutura tão complexa como a existente em nações desenvolvidas para funcionar em economias emergentes.

De fato, aparelhos dotados da IoT já têm sido usados nesses países, mesmo em áreas remotas e pouco habitadas, contribuindo para operações em zonas externas, onde as condições climáticas são instáveis. A agência da ONU destacou também a facilidade de instalação e manutenção dos equipamentos, bem como sua adaptabilidade a contextos em que o fornecimento de energia elétrica está comprometido. Segundo a UIT, muitos desses aparelhos funcionam com fontes alternativas de energia, como a solar.

Tags:

desenvolvimento, nações unidas, internet das coisas

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