O número de migrantes internacionais alcançou a marca de 244 milhões em 2015 – um aumento de 41% em relação ao ano 2000, segundo informações do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA) publicadas na última terça-feira (12). Dentro dessa cifra, 20 milhões são refugiados.
Haitianos desembarcam em busca de oportunidades de emprego no Brasil após o terremoto de 2010. Foto: Senado/Luciano Pontes
“O aumento do número de migrantes internacionais reflete a crescente importância da migração internacional, que tem se tornado uma parte integral das nossas economias e sociedades. A migração bem administrada traz importantes benefícios aos países de origem e destino, bem como para os migrantes e suas famílias”, observou o subsecretário-geral do DESA, Wu Hongbo.
O número de migrantes internacionais aumentou mais rápido do que o crescimento da população, de acordo com as Nações Unidas. Com isso, a quantidade de migrantes totaliza 3,3% da população global em 2015, enquanto em 2000, somavam 2,8%.
No entanto, há diferenças nas regiões do mundo: na Europa, América do Norte e Oceania, os migrantes são pelo menos 10% da população; na África, Ásia e América Latina e Caribe, menos de 2% são estrangeiros.
Segundo a ONU, em 2015, dois em cada três migrantes internacionais viviam na Europa ou na Ásia. Cerca de metade dos migrantes nasceram na Ásia.
Índia, com 16 milhões de emigrantes, e México, com 12 milhões, são os países com as maiores diásporas do mundo. Rússia, China, Bangladesh, Paquistão e Ucrânia seguem em ordem na lista em número de cidadãos vivendo no estrangeiro.
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU destacam que a vulnerabilidade dos migrantes, deslocados internos e refugiados, relacionada ao deslocamento forçado e crises humanitárias, pode reverter os avanços das últimas décadas. Entre os compromissos da Agenda de 2030 está o de proteger os direitos dos migrantes e implementar políticas de migração.
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