Vencedores do Prêmio Jabuti 2015. Foto: Vagner Cordeschi/Cidade Nova
A escritora Flávia Savary recebeu ontem (03), ao lado da editora Andrea Vilela, o troféu pelo segundo lugar na categoria infantil do Prêmio Jabuti, conquistado com a publicação do livro "A Roupa Nova do Arco-da-velha" (Ed. Cidade Nova). A cerimônia de premiação ocorreu no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.
A obra é uma homenagem da autora ao seu pai, o cartunista Jaguar, figura fundamental na história iconográfica brasileira. Ao misturar ilustrações inéditas, feitas especialmente para o livro, com outras mais antigas (como o ratinho Sig), ela apresenta às novas gerações um modesto painel da obra do ilustrador.
Considerado o mais importante do mercado editorial brasileiro, o Prêmio Jabuti recebeu 2.573 inscrições neste ano.
Andrea Vilela e Flávia Savary (centro), ao lado da equipe da editora Cidade Nova.
Flávia Savary. Foto: Thiago Borges
Sobre a autora
Flávia Savary nasceu em 1956 e é carioca como o pai, Jaguar. Graduou-se em Português-Inglês em 1980, pela UFRJ. Atua como artista plástica, ilustradora, autora, dramaturga e “inventadeira de modas”. Participou de várias exposições, e seu nome e obra constam de verbetes de dicionários de arte do mundo todo. Ganhou cerca de 80 prêmios literários, no Brasil e no exterior, em gêneros tão diferentes quanto romance, teatro, conto, poesia, crônica para adultos e crianças. Participou de 40 antologias, trabalha com literatura desde sempre e teve publicados, até agora, mais de 30 livros. É colaboradora da revista Cidade Nova.
Confira entrevista com a autora
Sobre Jaguar
Nascido em 1932, Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, ou simplesmente Jaguar, é cartunista, chargista, ilustrador e cronista. O mais carioca dos cariocas começou sua carreira em 1951. Foi descoberto pelo humorista Leon Eliachar, que publicou o primeiro desenho de Jaguar no jornal Última Hora, e o convidou a ser o ilustrador de todos os seus livros. Jaguar também ilustrou a obra completa de Stanislaw Ponte Preta.
Inicialmente, assinava como Sérgio Jaguaribe, mas o amigo Borjalo sugeriu o pseudônimo de Jaguar. Foi colaborador das mais importantes publicações da imprensa brasileira, entre elas, Tribuna da Imprensa, O Globo, Jornal do Brasil, Pif Paf (revista de Millôr Fernandes), Diners, Manchete e Senhor, onde era editor de humor. Foi um dos fundadores de O Pasquim, jornal que batizou e cujo símbolo era de sua autoria: o ratinho Sig, que participa ativamente desse livro. Atualmente, entre outras atividades, faz charges e crônicas para O Dia.