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"Choque deve ser acompanhado por ação", diz chefe do UNICEF sobre a crise migratória

O Fundo para a Infância das Nações Unidas estima que pelo menos um quarto das centenas de milhares de pessoas que procuraram refúgio na Europa são crianças

por ONU Brasil   publicado às 13:42 de 04/09/2015, modificado às 13:45 de 04/09/2015

Com a imagem “de partir o coração” de um menino refugiado afogado em uma praia na Turquia sendo compartilhada em redes sociais pelo mundo inteiro, junto com as imagens igualmente dolorosas de crianças sufocadas deitadas na traseira de caminhões que atravessam as fronteiras e sendo passadas por cercas de arame farpado por pais desesperados, o diretor executivo do Fundo para Infância das Nações Unidas (UNICEF), Anthony Lake, fez na última quinta-feira (03) um forte apelo por medidas que protejam crianças migrantes e refugiadas.

Criança aflita repousa sobre o ombro de um homem na cidade de Gevgelija, fronteira com a Grécia e a antiga República da Macedônia. Foto: Tomislav Georgiev/UNICEF

“Não é suficiente que o mundo fique chocado por estas imagens. O choque deve ser acompanhado por ação”, declarou o chefe do UNICEF. O Fundo estima que pelo menos um quarto das centenas de milhares de pessoas que procuraram refúgio na Europa são crianças, muitas fugindo do conflito na Síria. “Nossos corações estão com as famílias que perderam filhos no mar, nas margens e ao longo das estradas da Europa”, afirmou Lake.

O UNICEF estima que cerca de 2.500 pessoas morreram ou desapareceram este ano ao tentar a travessia para a Europa.

Lake defendeu que todas as decisões relativas às crianças migrantes e a crise de refugiados na Europa sejam guiadas pelos melhores interesses das crianças envolvidas, e que medidas sejam tomadas para garantir que elas recebam os cuidados adequados de saúde, alimentação, apoio emocional, educação, abrigo e proteção.

Tags:

mortes, unicef, crianças, Mediterrâneo, travessia, crise migratória

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