Política
  

Câmara dos Deputados aprova cláusula que limita acesso ao Fundo Partidário

Câmara vota dois pontos da reforma política, acesso ao fundo partidário e o tempo de propaganda; outros pontos ficaram para 10 de junho

por Iolando Lourenço – Agência Brasil   publicado às 10:00 de 29/05/2015, modificado às 10:11 de 29/05/2015

Foto: Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados/ABr

O plenário da Câmara aprovou ontem dispositivo que estabelece uma nova cláusula de barreira, ou de desempenho, mudando as regras de acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e televisão, na primeira votação de pontos da reforma política.

Foram 369 votos a favor, 39 contra e cinco abstenções ao destaque apresentado ao relatório do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) à proposta de emenda à Constituição (PEC 182/07) que trata da reforma política. O dispositivo ainda precisa ser aprovado em segundo turno para ser encaminhado ao Senado para apreciação.

A medida estabelece que só terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de rádio e televisão os partidos que tiverem pelo menos um candidato à Câmara Federal e um parlamentar eleito para a Câmara ou para o Senado. Pela medida, não terão acesso aos benefícios quatro partidos: PSTU, PCO, PPL e PCB. 

Atualemente, todos os partidos com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm direito a uma parte do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV. O fundo é dividido da seguinte forma: 95% para os partidos com representação na Câmara, de acordo com o tamanho da bancadas, e os outros 5%  divididos igualmente entre todos os partidos com registro no TSE.

Antes da aprovação da cláusula de desempenho, os deputados rejeitaram o destaque do PSDB, que propunha acabar com as coligações nas eleições proporcionais (deputados federais, estaduais e vereadores). Foram 206 votos a favor, 236 contra e cinco abstenções.

O dispositivo assegurava as coligações eleitorais nas eleições majoritárias (presidente da República, governador, senador e prefeito). Com a rejeição do destaque, fica mantido o atual sistema eleitoral, que permite as coligações tanto nas eleições proporcionais quanto nas majoritárias.

Em outra votação, os deputados rejeitaram requerimento de preferência para votação de emenda que previa mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos do Executivo e do Legislativo, exceto de senador, que continuaria com mandato de oito anos.

Como o assunto é complexo, a votação da proposta sobre definição do tamanho dos mandatos ficou para ser feita após a votação do projeto de lei que modifica as regras da desoneração da folha de pagamentos.

As votações dos outros pontos da reforma política, que não foram apreciados nesta semana, ficaram para a semana do dia 10 de junho, segundo o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Tags:

eleições, campanha eleitoral, reforma política, coligações, fundo partidário

Confira também

Cidade InformaPolítica
09/10/2017
Reforma política: saiba o que muda nas eleições de 2018
por Karine Melo - Agência Brasil
RevistaSociedade / Política

Maio / 2017

Os polos do Equador
por THIAGO BORGES
RevistaSociedade / Política

Dezembro / 2016

Meu (não tão) querido presidente
por MARTINA CAVALCNTI