O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reuniu-se ontem (18), em Nova York, com representantes do setor produtivo para explicar os ajustes que o governo vem implementando na economia brasileira, com corte de gastos e aumento de tributos. O ministro tem defendido que as medidas adotadas buscam o reequilíbrio fiscal e a solidez das contas públicas e são imprescindíveis para o desenvolvimento do ambiente de negócios e a recuperação da confiança dos empresários.
Joaquim Levy. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
A apresentação divulgada pelo Ministério da Fazenda, em Brasília, mostra que Levy disse que a inflação deverá recuar da estimativa acima de 7% prevista para este ano para algo próximo de 5% em 2018, meio ponto percentual acima do centro da meta estimada atualmente. Nesta quarta-feira (18), o Banco Central divulgou que o mercado financeiro estima alta dos preços de 7,27%, em 2015, de acordo com o Boletim Focus, que reflete pesquisa feita com investidores e agentes do setor.
Para as contas públicas, o ministro mostrou o compromisso do Brasil em atingir, neste ano, uma economia para o pagamento de juros da dívida (superávit primário) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços do país, após registrar um déficit de 0,6%, em 2014.
Na apresentação, Levy defendeu, entre outras coisas, as concessões como um caminho para expandir a infraestrutura do país nos próximos 20 anos, com a destinação de quase US$ 300 bilhões em estradas, portos, mobilidade urbana, ferrovias, aeroportos, energia e gás e óleo.
Na apresentação, também consta a expectativa de aumento da produção de energia até 2017. O ministro admitiu o crescimento do consumo de energia nos últimos anos, principalmente, entre as famílias.