Em fevereiro deste ano, o Papa Francisco esteve em Abu Dhabi onde assinou, em conjunto com o Grão Imame de Al-Azhar Ahmed Al-Tayyeb, um documento que preza pela fraternidade entre as religiões cristã e muçulmana, priorizando o diálogo como o caminho para viver a paz e o reconhecimento mútuo, além de ter sido um pedido do Papa sobre a liberdade, os direitos humanos e os direitos das mulheres no mundo islâmico.
Reprodução Vatican News
Agora, 6 meses após esse ato, 22 líderes e intelectuais muçulmanos sunitas, xiitas e sufis reiteraram o apoio ao documento assinando um texto de 15 páginas.
O texto, intitulado “Fraternidade para o conhecimento e a cooperação”, define o Documento sobre a Fraternidade Humana (o de fevereiro) como "um evento institucional sem precedentes na história das relações entre cristãos e muçulmanos", o sinal da abertura de uma nova fase orientada "ao reconhecimento da legitimidade e providencial diversidade de revelações, teologias, religiões, línguas e comunidades religiosas".
Além disso, destaca que as diferenças não são mais vistas como um simples pretexto de tolerância de fachada, mas uma oportunidade para colocar a fraternidade em prática, definida por eles como "um vocação contida no plano de Deus para a Criação”. Portanto, o diálogo inter-religioso, que já era "recomendado pelo Alcorão", parece hoje "vital".
Os líderes ressaltaram que não faltaram críticas da parte de alguns muçulmanos sobre a assinatura do documento em fevereiro e que por isso, quem decidiu assinar o recente texto está prontamente disposto a construir uma fraternidade huana que extrapola as fronteiras religiosas. O objetivo é promover iniciativas locais e acadêmicas de apoio ao diálogo entre cristãos e muçulmanos.
Com informações do Vatican News