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Engajamento comunitário pode ajudar a enfrentar extremismo, diz chefe da ONU

No Canadá, Ban Ki-moon visitou um centro que busca prevenir e conhecer as causas do problema

por ONU Brasil   publicado às 09:43 de 22/02/2016, modificado às 09:44 de 22/02/2016

Compreender plenamente aqueles que podem ser suscetíveis a ideologias venenosas — abordando as causas da radicalização e ajudando os indivíduos e as comunidades antes que os problemas aumentem — ajudará a comunidade internacional no desenvolvimento eficaz, digno e base em direitos das respostas ao que é atualmente “uma das mais graves ameaças que o nosso mundo enfrenta”, disse na semana passada o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Ban Ki-moon. Foto: Emmanuel Dunand/ONU (19-01-2014)

“Nós temos que entender o que motiva aqueles que nós suspeitamos serem vulneráveis ​​a narrativas que promovam o extremismo violento, bem como aprofundar nosso conhecimento sobre as condições que levam à sua vulnerabilidade”, disse Ban durante sua visita a Montreal, no Canadá. O chefe da ONU deu uma palestra no “Centro de Prevenção da Radicalização que Leva à Violência”, elogiando a iniciativa.

“O foco na prevenção do extremismo violento é muito importante. Esta é uma das mais graves ameaças em nosso mundo hoje, exigindo respostas inovadoras, eficazes e dignas”, disse Ban, reiterando o seu interesse na abordagem do Centro, que segundo ele foca em ajudar os indivíduos e as famílias antes que os problemas se ampliem.

Observando que a prevenção do extremismo violento é uma das novas prioridades para a ONU, o secretário-geral lembrou que ele apresentou um novo Plano de Ação para prevenir o extremismo violento em janeiro deste ano, na Assembleia Geral, que destaca a importância de enfrentar as causas da violência extremismo.

“Temos de quebrar o isolamento entre a paz e a segurança, o desenvolvimento sustentável, direitos humanos e os atores humanitários em todos os níveis — incluindo nas Nações Unidas”, acrescentou.

Ban também pediu o envolvimento de todos os setores da sociedade — líderes religiosos, mulheres, grupos de jovens, artistas e atletas, bem como os meios de comunicação e o setor privado.

“A compreensão destes fenômenos não é o mesmo que justificá-las — e nos permite desenvolver respostas eficazes de prevenção”, frisou Ban Ki-moon. “Quando nos envolvemos diretamente com as comunidades, podemos contribuir muito para abordar as causas subjacentes do extremismo violento que podem levar ao terrorismo.”

O chefe da ONU também notou que as iniciativas locais podem reconstruir a confiança entre os governos e comunidades. “Você pode ajudar a promover os direitos humanos e curar sociedades enfraquecidas”, disse ele durante a palestra no Centro. “Quando colocarmos os direitos humanos no centro da nossa resposta ao extremismo violento, poderemos ter sucesso na abertura de um futuro mais seguro e mais estável para todos.”

“Seus esforços locais estão nos ajudando a forjar uma resposta global que aborde os problemas que enfrentamos de uma maneira participativa, abrangente e fundada em princípios. Estas parcerias fortes vão gerar o sucesso”, concluiu o secretário-geral.

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