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Apuração confirma vitória de Merkel nas eleições gerais na Alemanha

A União Democrata-Cristã de Merkel e sua irmanada União Social-Cristã da Baviera ficaram com 33% dos votos, uma queda de 8,5 pontos em relação há quatro anos

por EFE   publicado às 08:34 de 25/09/2017, modificado às 08:35 de 25/09/2017

A apuração final dos votos das eleições gerais na Alemanha confirmou nesta segunda-feira (25) a vitória do bloco conservador liderado pela chanceler, Angela Merkel, e a estreia da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) no Parlamento como terceira força. Com informações da EFE.

A primeira-ministra alemã Angela Merkel . Foto: Élysée/Présidence de la République française

Segundo os dados divulgados pelo Escritório Eleitoral Federal, a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e sua irmanada União Social-Cristã da Baviera (CSU) ficaram com 33% dos votos, uma queda de 8,5 pontos em relação há quatro anos e o seu segundo pior resultado depois dos 31% de 1949.

O Partido Social democrata (SPD), liderado por Martin Schulz, caiu para 20,5%, mais de cinco pontos abaixo das eleições gerais anteriores e o pior resultado da história da legenda.

A AfD, que nas eleições de 2013 ficou fora do Bundestag (equivalente à Câmara dos Deputados) ao não conseguir, por alguns décimos, o mínimo necessário de 5% dos votos, neste domingo conquistou 12,6%.

O Partido Liberal (FDP), legenda que tradicionalmente pende a balança na Alemanha e que há quatro anos também não conseguiu o mínimo para entrar no Legislativo, retorna à Câmara com o apoio de 10,7%.

A Esquerda obteve 9,2% dos votos, seis décimos mais que em 2013, enquanto o Partido Verde ficou com 8,9%, meio ponto a mais que nas eleições anteriores.

De acordo com a lei eleitoral, após serem apurados todos os primeiros votos (diretos para um candidato) e os segundos (listas de partidos) o Parlamento será ampliado das 631 cadeiras da última legislatura para 709, o maior número até o momento.

Um governo com maioria parlamentar exigiria a reedição da grande coalizão entre conservadores e social-democratas que Merkel liderou na última legislatura, mas que Schulz rejeitou ontem à noite; ou a formação de uma tripartite entre os partidários da chanceler, os liberais e os verdes.

Trata-se de uma aliança inédita em nível federal e as negociações serão difíceis devido às diferenças nos programas dos dois partidos minoritários, mas Merkel acredita contar com um governo antes do Natal.

A participação dos alemães nestas eleiçoes gerais, segundo os dados do Escritório eleitoral federal, ficou em 76,2%, frente a 71,5% em 2013.

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