Em comunicado sobre o Dia Internacional de Luta contra o Uso e o Tráfico de Drogas, lembrado no dia 26 de junho, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma ‘‘resposta global que seja, ao mesmo tempo, eficaz, compassiva e humana” para os desafios colocados pelo problema das drogas.
Ban Ki-moon. Foto: Emmanuel Dunand/ONU (19-01-2014)
“Peço aos países e às comunidades que continuem melhorando a vida das pessoas marcadas pelo abuso de drogas, integrando segurança pública e maior atenção à saúde, aos direitos humanos e ao desenvolvimento sustentável”, disse Ban Ki-moon.
Milhões de pessoas, especialmente as mais pobres e vulneráveis, são diretamente atingidas pelo problema, que é uma ameaça à saúde pública, além de promover redes transnacionais de crime organizado, corrupção sistêmica e disseminar a violência.
Yury Fedotov, chefe do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), explicou que o documento final aprovado na sessão especial da Assembleia Geral sobre o Problema Mundial das Drogas ”mostrou a necessidade da luta global” sobre a questão, que ameaça milhões de pessoas atualmente”.
O documento faz uma série de recomendações concretas para o enfrentamento dos desafios colocados pelas drogas, tais como medidas alternativas à condenação; promoção da cooperação internacional; fortalecimento dos sistemas de justiça penal, assim como a consolidação dos compromissos com os direitos humanos.
O último Relatório Mundial sobre Drogas 2016, lançado pelo UNODC, aponta que o número de consumidores de droga aumentou de 27 milhões para 29 milhões de pessoas com idade entre 15 e 64 anos. O documento também alerta para o uso da heroína, que ressurgiu em algumas regiões.
Entre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), dois estão diretamente relacionados ao tema: o terceiro pede que os países fortaleçam a prevenção e o tratamento de pessoas que abusam de drogas, enquanto o 16º visa à consolidação de sociedades e instituições pacíficas, justas e inclusivas que possam enfrentar drogas ilícitas, crime, corrupção e terrorismo.