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Anistia Internacional protesta contra violência policial no Rio de Janeiro

A ONG entregou ontem (8) ao governo do estado uma petição com cerca de 60 mil assinaturas o pedindo fim das execuções e a investigação de homicídios decorrentes de operações policiais

por Vinícius Lisboa - Agência Brasil   publicado às 09:27 de 09/12/2015, modificado às 09:27 de 09/12/2015

A organização não governamental Anistia Internacional entregou ontem (8) ao governo do estado do Rio de Janeiro uma petição contra a violência da Polícia Militar. O documento recebeu cerca de 60 mil assinaturas e pede o fim das execuções e a investigação de homicídios decorrentes de operações policiais.

Ativistas da Anistia Internacional protestam em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, pedindo investigação dos homicídios no estado. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Para a entrega, ativistas da ONG foram à porta do Palácio Guanabara, sede do governo, com cartazes que pediam "não à execução" e traziam o desenho de pés, em referência ao governador Luiz Fernando Pezão.

A ONG informou que pediu uma audiência com o governador para entregar a carta. Nesta manhã, Pezão participou de um evento na Fundação Getulio Vargas, passou pelo Palácio para o lançamento da campanha estadual de combate ao Aedes aegypti e depois viajou para Brasília, onde teve uma reunião com outros governadores e a presidenta Dilma Rousseff.

"Esperamos que, no futuro, o governador possa receber a Anistia Internacional para discutir esse tema tão importante", disse a assessora de Direitos Humanos da Anistia Internacional, Renata Neder, que protocolou a petição na sede do governo estadual.

Renata destacou que, entre 2014 e 2015, mais de mil civis morreram em ações da Polícia Militar no estado do Rio. Segundo ela, a petição traz recomendações para o governo, como a criação de uma força-tarefa para investigação de todos os casos de homicídio decorrente de intervenção policial em aberto. "Temos um passivo de milhares de casos."

A Anistia Internacional também defendeu que a Divisão de Homicídios passe a investigar os casos denominados autos de resistência. Além disso, a ONG pediu que as famílias das vítimas recebam suporte financeiro e psicossocial e que as autoridades se manifestem de forma mais clara condenando as execuções.

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