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Dia Mundial do Refugiado terá eventos no Rio e em São Paulo

Na sexta-feira (19), dezenas de refugiados participam de comemoração no Cristo Redentor. No sábado (20), será lançada a 2ª Copa dos Refugiados na capital paulista

por ONU Brasil   publicado às 11:22 de 16/06/2015, modificado às 11:22 de 16/06/2015

No momento em que o Brasil registra um número recorde de estrangeiros que chegam ao país fugindo de guerras e perseguições, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros organizam, entre 15 e 20 de junho, diversos eventos para marcar o Dia Mundial do Refugiado, celebrado neste sábado (20).

Haiti foi o vencedor da primeira edição da Copa dos Refugiados, em 2014. Foto: ACNUR

Na sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, a partir das 16h30, dezenas de refugiados participarão, no Cristo Redentor, de uma cerimônia com a presença do coro infantil Coração Jolie – formado por crianças refugiadas que vivem no Brasil. Ao final da cerimônia, que contará com representantes do ACNUR, da Arquidiocese do Rio de Janeiro, da Caritas Arquidiocesana, do Comitê Nacional para Refugiados (CONARE) e da organização não governamental IKMR, além de artistas e músicos, o Cristo Redentor será iluminado com a cor azul característica das Nações Unidas.

No sábado (20), em São Paulo, acontece o lançamento da 2ª Copa dos Refugiados, em uma cerimônia no SESC Interlagos, com mais de 100 refugiados de diferentes países, além de representantes do ACNUR, da Caritas Arquidiocesana de São Paulo e autoridades dos governos estadual e municipal. Na ocasião, serão sorteados os grupos que disputarão a Copa (em agosto) e acontecerá uma partida amistosa entre Nigéria e Camarões, além da apresentação, ao vivo, da música do videoclipe Refugees in Brazil (ou “Refugiados no Brasil”), elaborado e produzido por refugiados que vivem em São Paulo.

Em todo o mundo, o Dia Mundial do Refugiado é uma oportunidade para celebrar a força, a coragem e a resistência das pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e seus países por causa de guerras, perseguições e violações generalizadas de direitos humanos. Segundo o relatório do ACNUR “Tendências Globais”, que será lançado nesta quinta-feira (18), o deslocamento forçado devido a conflitos atingiu níveis recordes no mundo e está acelerando rapidamente.

O Brasil se insere neste contexto e registra também um número recorde de refugiados reconhecidos e de solicitantes de refúgio. Segundo dados do CONARE, o país abriga cerca de 8 mil refugiados de 81 nações diferentes, além de ter recebido 12 mil solicitações de refúgio durante o ano de 2014.

Outros eventos 

Na última segunda-feira (15), foi realizado no Rio de Janeiro o seminário “Trabalho e Direitos dos Refugiados no Brasil”, promovido pela Caritas Arquidiocesana e pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (MPT-RJ). No evento, as instituições apresentaram o projeto da Cartilha do Trabalhador Refugiado e Solicitante de Refúgio, que será lançada nos próximos meses. O documento, que será publicado em português, inglês e francês, vai oferecer, de forma simples e direta, informações sobre a legislação trabalhista e a que trata do refúgio no Brasil.

Na terça-feira (16), o ACNUR participa em Brasília do 1º Seminário Interinstitucional para Refugiados e Ajuda Humanitária, promovido pela Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (ANAJURE) e a Frente Parlamentar Mista para Refugiados e Ajuda Humanitária (FPMRAH). Além do ACNUR, participam representantes do CONARE, do Ministério das Relações Exteriores, do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e da ONG Médicos Sem Fronteiras.

Por fim, na quinta-feira (19), também no Rio de Janeiro, estudantes da Escola Municipal Friedenreich irão colorir 400 bonecas de pano cedidas pela empresa Com Lola, que serão posteriormente doadas para crianças refugiadas sírias que vivem na Jordânia e também para crianças refugiadas que vivem no Brasil. Esta atividade é parte da campanha “A Volta ao Mundo em uma Mochila”, executada pelo ACNUR em diversos países das Américas para sensibilizar o público sobre o impacto do deslocamento causado por conflitos e violações de direitos humanos na vida de milhões de meninas e meninos.

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