Começa hoje (18) em Washington uma reunião de cúpula internacional contra o extremismo violento. Promovido pela Casa Branca, o encontro teve os trabalhos iniciados ontem (17) , mas hoje o presidente Barack Obama deve proferir um discurso inaugural, segundo a agenda oficial. A cúpula será realizada poucos dias depois do ataque terrorista em Copenhague, na Dinamarca, e da execução de uma trabalhadora humanitária americana que era refém do Estado Islâmico na Síria.
Casa Branca, Washington D.C. Foto: Nilington/ Wikimedia Commons (15/07/2006)
Amanhã (19), Obama deve se reunir com representantes do Departamento de Estado e com ministros de vários países, além de integrantes das Nações Unidas, como o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon. A União Europeia também será representada. Segundo a Casa Branca, mais de 60 países, incluindo 14 nações árabes, estarão presentes na cúpula.
O encontro em Washington ocorre uma semana depois de Obama ter pedido o apoio do Congresso norte-americano no combate ao Estado Islâmico, em uma declaração que não estabelece limites geográficos nem contempla operações terrestres e que deverá servir de base legal à ofensiva em curso.
A proposta determina que a autorização termine três anos após a data de promulgação da resolução, período durante o qual a Presidência deve se reportar ao Congresso a cada seis meses, renováveis.
Os Estados Unidos lideram desde setembro uma coligação internacional de combate aos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
Até o momento, quatro cidadãos norte-americanos que tinham sido feitos reféns pela organização foram executados. A última vítima foi a trabalhadora humanitária Kayla Mueller, de 26 anos, raptada em 2013 na Síria pelo grupo jihadista, que proclamou um “califado” no Norte do Iraque e da Síria em junho do ano passado.
Um dos pontos debatidos deve ser como evitar o recrutamento de jovens estrangeiros ocidentais. Segundo estimativas de organismos internacionais e da imprensa, o grupo teria entre 20 mil e 30 mil combatentes, 15 mil oriundos da Tunísia, da Arábia Saudita, de Marrocos, da Jordânia e da Turquia.
Uma das preocupações entre os países ocidentais e árabes é que os jovens estrangeiros recrutados regressem aos países de origem e cometam atentados terroristas.