Desde as poesias da juventude, Andréa fazia uma leitura atenta e crítica da realidade social marcada por desequilíbrios e desigualdades, fossos profundos construídos pela não percepção do outro como “igual a mim” em valor e dignidade, por sociedades regidas por uma lógica alheia à lógica da fraternidade agápica.
Nesta obra, ela continua sua leitura do real colocando como fundamento o ágape enquanto categoria de análise e como meta-categoria econômica. E o faz na perspectiva de quem identificou na Economia de Comunhão (EdC) a “re” ou a introdução do ágape como elemento constitutivo da lógica econômica e dos mercados.
Utilizando-se das lentes da Teoria dos Sistemas Sociais de Niklas Luhmann e do pensamento pós-colonial, colocando em diálogo os sociólogos Boltanski, Piritin e Luhmann com Chiara Lubich, e apresentando a EdC como sistema de pensamento, a autora demonstra teórica e empiricamente tal pressuposto e corrobora a possibilidade de expansão da EdC para além de suas fronteiras.