Há duas maneiras de conceber a justiça social. A primeira, a igualdade de status, visa reduzir as desigualdades entre as diferentes posições sociais. A segunda, a igualdade de oportunidades, busca permitir que os indivíduos atinjam melhores posições ao fim de uma competição hegemônica. Mas se ela responde ao desejo de autonomia dos indivíduos, a igualdade de oportunidades aproveita-se da existência e até mesmo do desenvolvimento das desigualdades.
Contra a corrente, François Dubet defende o modelo de status, que combate resolutamente as desigualdades e amplia a coesão da sociedade. Mediante uma análise empírica de como esses modelos de justiça se aplicam na educação, no status das mulheres e no das "minorias visíveis", este ensaio mostra como é possível promover a justiça social sem sacrificar a competição meritocrática.