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Psiquiatras atuam no combate às drogas através do futebol

No programa o programa "Craque que é craque não usa Crack", os especialistas dão cursos a formadores de opinião ligados ao time do Grêmio, que são referências para a comunidade

por Aline Leal - Agência Brasil   publicado às 08:48 de 20/10/2014, modificado às 08:48 de 20/10/2014

Em uma atitude preventiva ao uso de drogas, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) pretende ampliar o programa "Craque que é craque não usa Crack" para outros times de futebol. Neste ano, psiquiatras deram um curso no Olímpico, antigo estádio do Grêmio, para que profissionais envolvidos com o time disseminem informações pela comunidade do entorno, no bairro Azenha, em Porto Alegre.

Psiquiatras atuam no combate às drogas através do futebol. No programa o programa "Craque que é craque não usa Crack", os especialistas dão cursos a formadores de opinião ligados ao time do Grêmio, que são referências para a comunidade. Foto: Bill Ault/Free Images

Durante o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, que terminou na última sexta-feira (17), Luiz Carlos Mabilde, coordenador do projeto, explicou que a intenção é levar informações adequadas para os formadores de opinião, que são pessoas mais próximas da comunidade e sabem identificar as crianças que podem vir a se envolver com drogas e atuar na prevenção. Segundo Mabilde, um manual está sendo elaborado para que outros times brasileiros possam aderir ao projeto. Em 2015 o grupo vai fazer o segundo curso, desta vez no bairro Humaitá, onde funciona a Arena do Grêmio.

O projeto foi lançado em 2011, mas, inicialmente, a ideia era que craques da bola, pessoas muito influentes entre os jovens, tivessem uma postura de combate ao uso de drogas. Só neste ano foi posto em prática o curso de formadores de opinião, que durou cerca de quatro meses. Jogadores profissionais, juvenis, da base e da escolinha também foram convidados para as palestras, pois, embora jovens, são considerados lideranças dentro da comunidade.

Segundo Mabilde, pelas perguntas feitas pelos alunos, dava para perceber que a plateia tinha relacionamento direto com crianças que já usavam drogas. ”Com as informações do curso, eles passaram a informar, por exemplo, que é falso que usar maconha não dá em nada”, contou.  O psiquiatra afirma que as crianças são mais sensíveis à difusão de informações por pessoas da comunidade que às palestras de especialistas. Daí a ideia do curso de formadores de opinião, que  continuarão em contato com os psiquiatras mesmo após a conclusão do período de formação.

A psiquiatra Carla Bicca, que também faz parte do projeto, diz que nas palestras os psiquiatras falam sobre os tipos de drogas, como elas atuam no organismo, quais os riscos, como o uso das drogas afeta a vida das pessoas, entre outros assuntos. "Queremos levar o conhecimento sobre o uso de drogas e assim evitar que mais pessoas comecem a usar", concluiu.

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prevenção, drogas, formação, porto alegre, curso, grêmio, formadores de opinião, "craque que é craque não usa c

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