SEGUIMOS esta seção Especial Igino Giordani, refletindo sobre a obra Diário de Fogo, em que nosso personagem mostra sua alma escancarada, revelando seu interior e narrando suas vibrações mais sutis e seus eventos pessoais, familiares, religiosos que o tornaram essa figura que continua encantando a todos que dela se aproximam.
Ali ele nos ensina sua prática diária de transformar o profano em sacro, revelando a consciência de ver “o trabalho como liturgia”. “Tal consciência frequentemente é dissipada na terra por rumores e fantasmas, e com frequência é ignorada. Dever da evangelização de cada um é de trazer uma contribuição, de modo a viver todos na terra como cidadãos do céu e extrair desta dignidade as virtudes para elevar ao nível do Paraíso inclusive o trabalho quotidiano dos braços, da mente e do espírito. Nós, sozinhos, não poderíamos; mas a graça de Deus, se quisermos, nos sustenta” (Nuova Umanità, XXXVI, 214-215, p. 361-374).
O Diário conta a explosão de um fogo interior, impetuoso desde o início de sua aventura humana e cristã, que às vezes diminui, outras enrobustece, se eleva, até se perder no fogo do amor divino, até coincidir com o respiro do Espírito Santo.
A publicação original contém notas que se iniciam em 1941 e vão até 1968. Novas edições incluíram alguns manuscritos, modificações e acréscimos, introduzidos por ele mesmo no livro, publicado a partir de textos datilografados, anotações em folhas de calendários de mesa ou em páginas de agendas, permitindo, desse modo, conhecer sua alma até sete dias antes de sua partida para casa do Pai, em 18 de abril de 1980.
Tomasso Sorgi, seu biógrafo, afirma que “ousamos ampliar, sem comprometer o desenho global, procurando pensamentos de sua alma antes de 1941, em publicações que tinham sabor de diário, ou em frases que poderiam ser ligadas a seu diário.
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