Seu nome é popular e muitos sabem que ele foi um líder pacifista indiano. Mas você sabe mais do que isso sobre a vida de Gandhi?
Há 72 anos, Gandhi foi assassinado na Índia, mas até hoje sua vida é uma referência de liderança e de diálogo em prol da paz e dos direitos humanos.
Por isso, convidamos você a imergir em 10 fatos marcantes sobre a vida de Gandhi.
Filho do primeiro-ministro de uma pequena cidade e de uma mãe devota de Vishnu, Gandhi nasceu em 2 de outubro de 1869, na cidade de Porbandar, na Índia, com o nome de Mohandas Karamchand Gandhi.
A família de Gandhi era da casta dos comerciantes, chamada vaixás, mais simples que os brâmanes (sacerdotes e letrados) e que os xátrias (guerreiros), mas sua família não passava necessidade e vivia confortavelmente.
Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos, como é comum na cultura indiana. Sua esposa, Kasturb foi sua companheira por 62 anos e participou ativamente da vida política de Gandhi.
Como a Índia era uma colônia britânica, era comum os filhos das famílias mais abastadas estudarem em Londres, a fim de obter uma educação de mais qualidade. Por isso, Gandhi mudou-se para a capital inglesa em 1886 e ingressou na University College of London. Ali, teve contato com o pensamento de grandes filósofos e também com o Bhagavad-Gita, texto religioso que retrata o diálogo de Krishna com um guerreiro e que viria a ser sua bíblia espiritual.
Ao retornar de Londres para sua cidade natal em 1891, a carreira de Gandhi não deslanchou. Foi quando recebeu uma proposta, em 1893, para trabalhar na África do Sul, também colônia inglesa e decidiu aceitar. Foi na África que Gandhi se deparou com um sistema racista e violento contra hindus, muçulmanos e negros por parte dos colonizadores.
Foi nessa época que Gandhi inicia sua consciência social e dá início a uma organização social e política para garantir direitos básicos a população mais vulnerável, especialmente a hindu.
Gandhi começou a atrair os holofotes da imprensa e dos governantes por causa da sua causa. Durante a Segunda Guerra Bôer, Gandhi desenvolve a técnica de Satyagraha, a força da verdade, que prezava pela luta pelos direitos sem o uso da violência. A base da sua filosofia era a desobediência civil e as palavras.
Na África do Sul, Gandhi foi preso várias vezes, mas finalmente conseguiu a revogação da lei que discriminava os hindus, chamada “ato negro”. Com 45 anos de idade, decide retornar à Índia.
De volta à Índia, Gandhi já é uma liderança popular, seja no âmbito político, seja no espiritual. Foi nessa época que recebeu o título de Mahatma, ou seja, “grande alma”. Os próximos 15 anos em sua terra natal foram de muitas greves, boicotes e atos pacifistas pela independência da Índia. Inciativas que contribuíram muito para a conquista de direitos e o enfraquecimento da exploração colonial.
Uma dessas conquistas foi o direito de indianos, hindus e muçulmanos de produzirem o próprio sal, até então proibidos e obrigados a comprar da Inglaterra sob o alto custo dos impostos.
Gandhi liderou então uma marcha de 200 quilômetros para protestar contra o abuso. Começou a marcha seguido por 100 pessoas e finalizou com mais de 5 mil, às margens do Oceano Índico para produzir o próprio sal com a água do mar. Foi então que a lei do sal foi revogada e mais esse direito conquistado para a população.
Ao longo de sua caminhada, Gandhi realizou diversas greves de fome como uma apelo ao diálogo entre diferentes religiões e grupos sociais.
Em uma delas, conseguiu conquistar o direito de voto para os shudras, casta indiana considerada impura e inferior a todas.
Gandhi não mediu esforços para unir a nação indiana, mas viu o país se dividir com a criação do Paquistão em 1948.
A Inglaterra se viu enfraquecida após o final da Segunda Guerra e finalmente declarou a independência da Índia. No entanto, o clima político era agitado em consequência da separação da Índia em uma nação hindu e outra muçulmana (Paquistão).
Gandhi chegou a sofrer um primeiro atentado em 20 de janeiro de 1948, sem feridos. No entando, 10 dias depois, foi assassinado por um hindu radical.
Uma das publicações de destaque da Editora Cidade Nova é “A extraordinária liderança de Gandhi". Uma obra que apresenta as habilidades de liderança de Gandhi, suas realizações enquanto líder na África do Sul e na Índia, além do impacto da sua vida e da sua filosofia em diversos outros líderes e campos do saber.