Os homens e as mulheres que transformam

No mês em que se comemora o dia deles, professores de vários cantos do país contam como agem para fazer a diferença e mudar para melhor a vida de seus alunos.

por Airam Lima Jr   publicado às 00:00 de 02/10/2019, modificado às 10:53 de 02/10/2019

No mês em que se comemora o dia deles, professores de vários cantos do país contam como agem para fazer a diferença e mudar para melhor a vida de seus alunos.

Para assistir os vídeos com os depoimentos dos professores acesse: http://bit.ly/ProfessoresCN

Arthur de Paula, músico e professor de Música para crianças no Rio de Janeiro

“O conhecimento pode trazer felicidade.”

Para Arthur, o professor deve apresentar novos caminhos, e vislumbrá-los junto com seus alunos. Hoje, ele experimenta esses percursos ao ensinar composição musical para crianças de três a cinco anos de idade.

 

Francisco Lima, professor dos ensinos fundamental e médio em Coelho Neto (MA)

“Convidei os alunos a me apresentar o bairro deles”.

De repente, Francisco foi transferido para uma escola na periferia. Lá, em vez de dizer “deixa acontecer”, ele decidiu fazer a diferença. Alfabetizou alunos que já estavam no quarto ano, e suas iniciativas alcançaram até estudantes de uma escola particular.

 

Glaucya Lino, professora e coordenadora pedagógica na rede municipal de ensino do Rio de Janeiro

“Ser guia e, ao mesmo tempo, caminhar junto com os alunos”.

Glaucya teve de enfrentar um aluno que desafiava sua autoridade. Para isso, primeiro, ela pediu desculpas a esse aluno por ter gritado com ele; depois, chamou-o para uma conversa a sós e deu tempo para que ele entendesse o que se passava.

 

Graciana Serafim, professora de Ensino Religioso em Duque de Caxias (RJ)

“Eu posso incentivar meu aluno a mudar de vida.”

Dois alunos entraram em conflito violento, que exigiu até a presença da polícia, e com isso acabaram se tornando inimigos. Graciana começou a interagir mais frequentemente com um deles para tentar reverter a situação.

 

Hermes da Fonseca, professor de História em Divinópolis (MG)

“Eu ajudo a realizar o sonho de muitas pessoas.”

Hermes propôs a seus alunos a preparação de uma peça de teatro no fim do ano, para concluir um projeto desenvolvido pela turma. Uma aluna, muito tímida, não quis participar. O professor, então, acompanhou-a até o teatro. E depois...

 

Jenijunio dos Santos, pedagogo, coordenador pedagógico no ensino básico e formador de professores no ensino superior em Belém

“Acolher o aluno é acolher a sua particularidade.”

Jenijunio se viu diante da contestação agressiva de um aluno especial sobre o embasamento teórico que apresentou para uma aula de formação de professores. Em vez de simplesmente rebater o questionamento, ele fez uma contraproposta.

 

Katie Moura, professora de Matemática do ensino fundamental em Belo Horizonte

“Eu tenho a chance de abrir caminhos.”

Antes de ensinar Matemática, Katie propôs a seus alunos a Regra de Ouro: que cada um fizesse ao outro aquilo que gostaria que fosse feito a ele. A troca de experiências nesse sentido levou ao aumento da autoestima entre os estudantes.

 

Larissa Borges, professora universitária de Inglês em Belém

“O professor é um espelho para seus alunos.”

Para Larissa, a empatia é um ponto de partida para sua atuação. Como coordenadora do laboratório de formação de professores na universidade, ela propôs esse exercício a seus alunos, e teve uma resposta surpreendente e emocionante.

 

Loreta Duboc, professora de Educação Física e de balé clássico em Niterói (RJ)

“’Agora desmaia!’”

Ao conseguir fazer com que seus alunos de balé, crianças de três a seis anos de idade, conseguissem executar corretamente uma coreografia em grupo, Loreta “desmaiou” de alegria. Seus pequenos dançarinos não se esqueceram disso.

 

Manoel Francisco Júnior, professor de Geografia no Rio de Janeiro

A tarefa principal é a motivação, tanto a dos alunos quanto a minha.”

 

O grande desafio de Manoel é competir com o “imediatismo tecnológico” do celular para estimular seus alunos, adolescentes de comunidades de baixa renda, a desenvolver atividades de leitura e reflexão, uma tarefa árdua.

 

Márcia de Souza Fagundes, professora de Empreendedorismo e Projeto de Vida em Joinville (SC)

“Ser professor é gostar de gente, conhecer as pessoas, tocar a alma.”

Márcia exercita a pedagogia do afeto, e vai além, chegando à compaixão. Por isso, um desenho de uma estrela sangrando no anexo de um trabalho escolar chamou a sua atenção e ajudou a salvar a vida de uma aluna.

 

Maria de Fátima Prieto, professora e ex-diretora de uma escola estadual em Ibiporã (PR)

“Agir com criatividade, humildade, simplicidade e amor.”

Um dia, Fátima foi chamada para tirar da sala de aula um aluno que, segundo o professor, de tão irresponsável e agressivo que era, já estaria reprovado em maio... A solução que ela adotou: conversar e jogar um dado...

 

Martha Sertã Padilha, professora de Línguas no Rio de Janeiro

“Meus alunos me obrigam a me superar constantemente.”

Para Martha, uma professora deve, antes de tudo, transmitir valores. Entre outras atividades, ela promove debates sobre temas polêmicos, em que os alunos devem saber argumentar e também escutar a posição dos contrários.

 

Sandra Regina dos Santos, coordenadora de pastoral para alunos do berçário ao ensino médio no Rio de Janeiro

“’Estou feliz porque sabia que você viria conversar comigo’”.

Uma aluna de sete anos perdeu o avô e Sandra foi conversar com ela. Descobriu que, para a menina, a presença da professora era motivo de alegria para se contrapor à tristeza da perda.

Telma Monteiro, professora dos ensinos fundamental e médio no Distrito Federal

“Você pode construir a sua história.”

Telma sempre fez questão de prestar atenção em cada aluno, atenta às diferenças presentes na turma, inclusive quando foi lecionar em uma escola da periferia de Brasília. Anos depois, ela viu o resultado de seu empenho “ao vivo”.

 

Vidal Nunes, professor universitário de Filosofia em Vitória

“Ajudar o aluno a transcender sempre.”

Para Vidal, além de transmitir conhecimentos, o professor também desperta sonhos. Um ex-aluno seu, já pós-graduado e com livro publicado, relatou a ele como o estímulo recebido o ajudou a superar seus limites para concluir seus estudos.