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Estação de metrô em Roma recebe o nome de Chiara Lubich

No dia em que se completaram nove anos de seu falecimento, uma placa exprime a proximidade da cidade com os ideais da fundadora do Movimento dos Focolares

por Daniel Fassa   publicado às 11:53 de 30/03/2017, modificado às 11:53 de 30/03/2017

“Partindo de Roma, difundiu no mundo o ideal da fraternidade universal”, são as palavras que a Prefeitura de Roma, em nome de toda a cidade, desejou gravar na placa que dá o nome de Chiara Lubich à Estação Viale Libia do metrô (linha B1). A cerimônia de descerramento foi feita, diante de um numeroso grupo de pessoas, no dia 14 de março, por ocasião do nono aniversário de falecimento da fundadora do Movimento dos Focolares, que morou não distante dali, quando o Movimento dava seus primeiros passos na capital. Fato citado pela presidente Maria Voce: “Significativa (…) a escolha deste bairro onde, durante quase 15 anos, Chiara viveu momentos de luz especial – enquanto eram definidas as orientações e a fisionomia de uma Obra de Deus – e momentos de sofrimento – enquanto a Igreja estudava e avaliava o Movimento”.

Estação de metrô em Roma recebe o nome de Chiara Lubich Estação de metrô em Roma recebe o nome de Chiara Lubich. Foto: Divulgação

O prefeito Gianni Alemanno, que participou do evento “Chiara Lubich: carisma, história, cultura”, quis ressaltar a unidade entre a mensagem dada por essa iniciativa e a eleição do arcebispo de Buenos Aires, Jorge Maria Bergoglio, como Sumo Pontífice: “Hoje faremos um gesto simples, descerraremos uma placa. Uma lembrança de Chiara para muitas pessoas que passarão por aqui, e também uma lembrança desse caminho de fé, contribuição para o novo humanismo de que tanto necessitamos. A escolha de um Papa que chega do sul do mundo é um sinal claro: nós sairemos da crise econômica e moral na qual estamos somente com uma grande opção de humildade e simplicidade”; e depois, durante a cerimônia de descerramento da placa, o Prefeito deteve-se no “profundo liame” de Chiara Lubich “com Roma, onde atuou no coração do bairro Trieste, pensou, escreveu, transmitiu a sua mensagem”.

Este relacionamento com a cidade de Roma fora marcado pela outorga da Cidadania Honorária à fundadora dos Focolares, em 22 de janeiro de 2000, dia em que completava 80 anos. Naquela ocasião, recordou ainda Maria Voce, Chiara exprimiu todo o seu “amor pela cidade eterna e também o compromisso de dedicar-se mais e melhor para que essa cidade, única no mundo, símbolo de unidade e universalidade, corresponda à sua vocação”. Um empenho profundo e concreto na vida cotidiana. “Na mensagem de Chiara Lubich – prossegue a presidente – encontramos pistas interessantes que ela retirou do Evangelho: o amor vivido é a força motriz da história, mas é preciso ‘saber amar’, segundo aquela arte séria e exigente que ama a todos, toma a iniciativa, é concreta, faz-se um com o outro, sabe perdoar… E isso começando ao nosso redor, na família, no condomínio, no bairro, pelas ruas, nos locais de estudo, trabalho, reunião, no parlamento…, até mesmo em uma estação de metrô, onde pessoas se cruzam constantemente, um símbolo até de anonimato”.

E recordou uma das páginas mais significativas de Chiara: “Eis a grande atração do tempo moderno: penetrar na mais alta contemplação e permanecer misturado com todos, homem ao lado do homem. Perder-se na multidão para impregná-la de divino, como se embebe um pedaço de pão no vinho. Traçar sobre a multidão desenhos de luz, dividir com o próximo a vergonha, a fome, os ultrajes, as alegria fugazes. Porque a atração do nosso, como de todos os tempos, é o que de mais humano e divino se possa pensar: Jesus e Maria. O Verbo de Deus, filho de um carpinteiro; a Sede da Sabedoria, mãe de família”.

Agradecendo ao prefeito Alemanno, à administração pública e a todos os presentes, Maria Voce fez votos de que dessa iniciativa possa nascer “a inspiração a viver em toda parte a vocação plenamente humana e plenamente espiritual dessa amada cidade de Roma, e acender nela pequenos focos de luz e de esperança, para o bem de todos”.

Tags:

Chiara Lubich, papa Francisco, roma, movimento dos focolares, homenagem, aniversário de morte, estão de metrô

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