Papa Francisco durante visita às Filipinas. Foto: Benhur Arcayan/Malacañang Photo Bureau
O período da juventude, prosseguiu o pontífice, é aquele em que desabrocha a grande riqueza afetiva contida nos corações. Portanto, “não permitais que este valor precioso seja falsificado, destruído ou deturpado. Isto acontece quando, nas nossas relações, comparece a manipulação do próximo para os nossos objetivos egoístas, por vezes como mero objeto de prazer. O coração fica ferido e triste depois dessas experiências negativas. Peço-vos que não tenhais medo dum amor verdadeiro, aquele que nos ensina Jesus”.
Para Francisco, os jovens devem descobrir que o Cristianismo não consiste numa série de proibições que sufocam a felicidade, mas num projeto de vida que pode fascinar os corações. Para isso, "devem aceitar o convite do Senhor a encontrá-Lo. Há inúmeras maneiras de fazê-lo: rezando, lendo a Sagrada Escritura, mas também no rosto dos irmãos, especialmente os mais esquecidos: os pobres, os famintos, os sedentos, os forasteiros, os doentes, os presos".
“Curtir” o momento
“Queridos jovens, na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é ‘curtir’ o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, ‘para sempre’, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório”, disse o Papa.
O papa falou ainda da vocação dos jovens: à vida consagrada, ao sacerdócio ou ao matrimônio. Formar uma família não está “fora de moda”, afirmou. Pelo contrário, precisamente por este motivo, a comunidade eclesial está vivendo um período especial de reflexão sobre a vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo.
*Texto original publicado pela Rádio Vaticano.