O Movimento Praia Viva, lançado ontem (20) entre os postos 7 e 8 da Praia de Ipanema, na zona sul do Rio, tem o objetivo de conscientizar a população que frequenta as praias da cidade da necessidade de manter as praias limpas, evitando a propagação de doenças, preservando a fauna marinha e impedindo a degradação do meio ambiente.
Associação lança no Rio movimento para manter praias limpas. Foto: Divulgação/Movimento Praia Viva
O movimento aproveitou a data de 20 de janeiro, dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, para, traçando um paralelo com a proximidade das comemorações pelos 450 anos de fundação do Rio de Janeiro, deflagrar a ação “por mais 450 anos de praia, sem lixo”. A iniciativa é da Associação Brasileira de Lixo Marinho e da Casa Viva Eventos.
Os organizadores lembram que, no ano passado, durante o feriado do padroeiro da cidade, os banhistas deixaram uma montanha de 40 toneladas de lixo na Praia de Copacabana, também na zona sul da cidade.
No primeiro mutirão, além do lançamento oficial do Movimento Praia Viva, os organizadores deixaram no ar e realçaram a pergunta mote da campanha: Você quer mergulhar no mar limpo ou no lixo?
Movimento Paia Viva. Foto: Tomaz Silva/ABr
Segundo os organizadores, a proposta é de simples compreensão: conscientizar as pessoas da necessidade de mudar de vez esse quadro. O Movimento Praia Viva fará ainda, nos dias 28 de fevereiro, 1º, 7 e 8 de março, ações de coleta seletiva e oficinas e levará contadores de histórias, que vão trabalhar durante quatro dias para começar a mudar a cultura do abandono do lixo marinho nas praias.
Uma das oficinas programadas vai ensinar os participantes a produzirem pranchas de surf com garrafas PET. A ideia é que essas pranchas sejam usadas em uma ação de limpeza do mar no último fim de semana do projeto. O objetivo final do Movimento é “chamar a atenção dos usuários das praias, com atitudes práticas para a necessária e inadiável mudança de hábitos e cultura da sociedade para o não abandono do lixo na praia, e multiplicar essa comunicação direta através da mídia, buscando a conscientização de todos sobre sua responsabilidade pelos resíduos que geram”.
A proposta da Associação Brasileira do Lixo Marinho é trabalhar a educação ambiental para sustentabilidade das praias e mares, organizando e mobilizando a sociedade, organizada ou não. Nesse sentido, o movimento procura informar os banhistas sobre os problemas que o lixo, do continente e marinho, causa ao meio ambiente. “A ideia é fazer com que os banhistas experimentem estar numa praia limpa por um período de três horas”, dizem os organizadores.
Depois desse mutirão de educação ambiental e coleta seletiva, a ABLM tem mais dois projetos. No primeiro deles, educadores ambientais da associação, agora em janeiro, juntamente com os educadores do BG500, irão às colônias de férias realizadas nas praias da zona sul do Rio para falar sobre educação ambiental e conscientizar as pessoas da importância da conservação e preservação das praias e dos mares. Entre as colônias estão a do Projeto Botinho e a do Favela Surf Clube.