Praticamente um terço do solo mundial sofre degradação. Foto: ONU Brasil
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) pede ação urgente para melhorar a "saúde" das fontes limitadas de solo no mundo. O objetivo da agência é garantir que gerações futuras tenham comida, água e energia suficientes. A vice-diretora da FAO destacou que o "solo é a base para a produção de alimentos, combustíveis e fibras". De acordo com Maria Helena Semedo, o ritmo atual da degradação do solo ameaça as necessidades das futuras gerações.
Em Roma, representantes de governo e especialistas discutem o assunto na reunião Parceria Global do Solo, num encontro de três dias. Os líderes já apoiaram uma série de medidas para proteger os recursos do solo, por meio de regulamentação adequada e investimentos. Segundo Semedo, países e sociedade civil precisam comprometer-se para colocar o plano em prática. A vice-diretora da FAO afirma que é preciso vontade política e investimentos para "salvar" os solos.
Futuro
Na conferência, foi destacado que 33% (praticamente um terço) do solo mundial sofre degradação de moderada a alta, devido à erosão, diminuição de nutrientes, acidificação, urbanização e poluição química. Com o crescimento da população, que deve passar de 9 bilhões de pessoas em 2050, haverá 60% de aumento na demanda por alimentos, o que só irá sobrecarregar mais ainda os recursos da terra.
A FAO afirma que algumas partes de África e da América do Sul oferecem possibilidades de expansão agrícola. Neste sentido, inovações tecnológicas e políticas precisam incluir comunidades e ensiná-las como proteger os recursos naturais.
A agência da ONU acredita ainda que o manejo sustentável do solo também irá gerar um impacto positivo na mudança climática, por meio do sequestro de carbono e na redução de gases de efeito estufa.