Mesmo com a crise econômica, que resultou em fechamento de vagas em diversos setores da economia, alguns ramos têm conseguido reagir e abrir vagas de emprego.
Fábrica Brunning Tecnometal. Foto: Pedro Revillion/Palácio Piratini (02/08/2014)
Entre os setores em que houve aumento no nível de emprego estão a indústria de transformação, comércio, serviços, agropecuária e construção civil. Levantamento feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) mostra que as áreas ligadas ao consumo – como vestuário, alimentos, eletrodomésticos e veículos – estão entre as que mais abriram oportunidades de trabalho.
Na contramão, apresentaram saldos negativos os setores utilidade pública, administração pública e extrativa mineral.
Formação técnica
De acordo com diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi, candidatos com nível técnico podem ter mais chances de recolocação no mercado, já que 78% das ocupações industriais exigem esse tipo de formação.
"Em tempos de crise, 70% dos egressos [dos cursos técnicos] estão inseridos no mercado de trabalho já no primeiro ano", afirma. "O salário inicial de uma formação técnica gira em torno de R$ 2 mil. Em dez anos de atividade, esse salário varia entre R$ 8,5 mil e R$ 12 mil", acrescentou.
Para os profissionais com nível superior, o mercado de trabalho está mais retraído, conforme levantamento do Senai.
O número de vagas de trabalho com carteira assinada cresceu em julho. Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, houve crescimento de 35.900 postos de trabalho - resultado de 1.167.770 admissões e de 1.131.870 desligamentos.