O Cardeal hondurenho Dom Óscar Andrés Rodríguez lamentou, no último domingo, que muitos imigrantes encontrem em seu caminho a "rejeição" de quem poderia oferecer-lhes ajuda e que muitas vezes são vistos "como inimigos".
"Quanta rejeição hoje em dia aos imigrantes, não somente àqueles de países do Oriente Médio que estão sofrendo muito, mas também em relação aos nossos queridos compatriotas imigrantes", disse o purpurado ao celebrar na Catedral de Tegucigalpa.
Marcelo Camargo / Agência Brasil
Ele observou que os imigrantes hondurenhos, especialmente aqueles que vivem nos Estados Unidos "são vistos como inimigos", que devem ser "deportados o mais rápido possível e que isto difere do que diz a palavra de Deus."
O governo de Donald Trump estabeleceu novas diretrizes para reforçar o controle migratório nos EUA, com um plano agressivo que abre a porta para deportações maciças de imigrantes sem documentos.
Dom Maradiaga defendeu a acolhida a essas pessoas, que somente buscam um futuro melhor em outros países, principalmente nos Estados Unidos.
As autoridades de Honduras estimam que nos EUA vivam cerca de um milhão de hondurenhos, entre residentes legais e imigrantes sem documentos, que fugiram de situações que afetam o país da América Central, como a violência.
Autoridades de imigração dos EUA deportaram para Honduras, entre janeiro e 23 de junho de 2017, 10.014 pessoas, incluindo 116 menores de idade, de acordo com um relatório do Observatório Consular e Migratório do País centro-americano.
Texto original publicado em Rádio Vaticano.