O novo secretário-geral eleito da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu na última quarta-feira (19), no primeiro encontro com os Estados-Membros da instituição, uma visão não tecnocrática" para os desafios da ONU. "Uma visão que mobilize recursos para os que têm mais dificuldade", como os países em desenvolvimento e os pequenos Estados insulares, disse.
António Guterres. Foto: OEA
"São duas faces de uma mesma realidade que têm a ver, sobretudo, com a eliminação da pobreza e com a decisão de assegurar que temos um planeta sustentável", acrescentou.
António Guterres apresentou-se no encontro com a sua equipe de transição, composta por cinco pessoas, entre elas o diplomata português João Madureira.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Refugiados respondeu às perguntas sobre as nomeações que fará para os cargos principais, citando os critérios que estabeleceu.
"Competência e integridade, paridade de gênero, como forma de empoderamento de mulheres e meninas em todo o mundo, e diversidade regional", explicou o português.
Antes de começar a responder às perguntas dos Estados-Membros da ONU e representantes de grupos regionais, Guterres disse que estava presente para "ouvir e aprender". Entre as primeiras intervenções, destacaram-se elogios à escolha dele para a secretaria-geral e ao processo que levou à sua eleição.
"Houve um nível sem precedentes de transparência", disse um dos primeiros participantes, o português João Vale de Almeida, embaixador da União Europeia na ONU.