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Papa pede que todas as religiões condenem terrorismo

Para Francisco, todos os crentes "devem colaborar entre si" e com todos "os homens e mulheres de boa vontade que não professam nenhuma religião" para dar uma "resposta aos males do mundo"

por ANSA   publicado às 09:50 de 09/09/2016, modificado às 10:28 de 09/09/2016

Em um encontro com membros do Instituto de Diálogo Inter-religioso de Buenos Aires no Vaticano, o papa Francisco pediu para que todos os líderes condenem e afastem-se do terrorismo muitas vezes utilizado em nome da fé. As informações são da Agência Ansa.

Papa Francisco durante visita às Filipinas. Foto: Benhur Arcayan/Malacañang Photo Bureau

"Percebemos com pesar que o nome da religião é usado, muitas vezes, para cometer atrocidades como o terrorismo e semear o medo e a violência e, por consequência, as religiões são identificadas como responsáveis pelo mal que as cercam. Essas ações abomináveis devem ser condenadas de maneira determinada. É preciso tomar distância de quem busca envenenar as pessoas, dividir e destruir a convivência", disse o Pontífice aos religiosos na última quinta-feira (8).

Em sua fala, o papa afirmou que a vida é sagrada e que por isso deve ser respeitada. Ele disse ainda que todos aqueles que acreditam em Deus devem defender a criação e a vida e "não podem ficar em silêncio" quando veem atrocidades.

"O homem e a mulher são chamados a defender a vida em todas as suas fases, a integridade física e as liberdades fundamentais, como a liberdade de consciência, de pensamento, de expressão e de religião. É um dever que precisamos respeitar porque nós acreditamos que Deus é o criador e nós somos instrumentos em suas mãos para fazer com que todos os homens e mulheres sejam respeitados em sua dignidade", acrescentou.

Ao falar sobre o diálogo inter-religioso, o papa pediu ainda que todos os crentes "devem colaborar entre si" e com todos "os homens e mulheres de boa vontade que não professam nenhuma religião" para dar uma "resposta mais eficaz aos muitos males do mundo, como a guerra e a fome, a miséria que atinge milhões de pessoas pela crise do meio-ambiente, da violência, da corrupção e da degradação moral".

Além do encontro no Vaticano, no dia 20 de setembro, o papa Francisco irá para Assis nos 30 anos do Encontro Inter-religioso pela Paz.

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