Política
  

Reino Unido: Theresa May começa a formar governo

A nova primeira-ministra anunciou os nomes de ministros que trabalharão no proceso de saída da UE; ela também elogiou seu antecessor, David Cameron, e disse que seguirá seus passos

por Marieta Cazarré – Agência Brasil   publicado às 08:18 de 14/07/2016, modificado às 11:53 de 14/07/2016

Em seu primeiro dia como primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May apresenta hoje os novos integrantes do seu governo. Na noite de ontem, pouco após assumir o cargo, ela começou a definir o gabinete.

Theresa May afirmou que trabalhará pela integração das nações que compõem o Reino Unido. Foto: Colin Brough/Free Images 

Boris Johnson, ex-prefeito de Londres, será o novo ministro de Relações Exteriores. Johnson foi um dos defensores da saída do Reino Unido da União Europeia e também era candidato ao cargo de primeiro-ministro, mas acabou desistindo após a candidatura surpresa de Michael Gove, que antes o apoiava. Johnson tem sido criticado inclusive por líderes europeus, que o consideram irresponsável. O ex-prefeito já protagonizou cenas consideradas patéticas e tem um histórico de declarações preconceituosas.

Michael Gove foi demitido do cargo de secretário de Justiça e substituído por Liz Truss, que deixa o cargo de secretária de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais.

Philip Hammond foi nomeado ministro das Finanças. Ele havia sido secretário de assuntos estrangeiros de David Cameron entre 2014 e 2016, tendo atuado anteriormente como secretário de Defesa e de Transporte. Ele substitui George Osborne.

David Davis foi nomeado para o novo cargo de secretário de Estado do Brexit, para conduzir a saída do Reino Unido da União Europeia. Ele já foi presidente do partido Conservador e, entre 2003 e 2008, foi secretário do Interior. Detalhes sobre o novo departamento Brexit ainda não foram divulgados.

Ontem, em seu pronunciamento de posse, May afirmou que seguirá os passos do antecessor, David Cameron, a quem qualificou como um líder moderno.

Ela disse ainda que acredita não apenas na união das nações (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales), mas na união de todos os cidadãos e afirmou que pretende fazer do Reino Unido um país de privilégios para todos. “O meu governo será guiado pelo interesses dos cidadãos britânicos, e farei o que puder para dar a vocês mais controle sobre suas vidas.”

Tags:

Relações Internacionais, União Europeia, reino unido, referendo