Política
  

Lindbergh diz que país terá nova campanha por Diretas, Já! caso Temer assuma

Para o senador petista, Temer não tem crédito junto à população. Já Rubens Bueno (PPS-PR) acredita que o vice inaugurará um novo momento na política nacional

por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil   publicado às 08:57 de 18/04/2016, modificado às 08:58 de 18/04/2016

Ainda sob o impacto da derrota do governo no plenário da Câmara dos Deputados, o que levará ao Senado a decisão final sobre se haverá ou não o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) prevê a retomada de uma campanha por Diretas, Já! no país, caso o vice presidente Michel Temer venha a assumir o comando do país.

Senador Lindbergh Farias participa do programa Espaço Público, da TV Brasil. Foto: Fabio Pozzebom/Agência Brasil

“Se o Michel Temer assume a Presidência, de cara, vai vir a ilegitimidade. O povo brasileiro está desconfiado disso porque eles assaltaram o poder. Acho que vai surgir um movimento Fora, Temer e Fora, Cunha. Existe uma discussão sobre eleições também. Consumado o golpe, vai ficar clara a ilegitimidade. E vai, sim, crescer no Brasil a discussão sobre Diretas, Já!, se eles consumarem esse golpe vergonhoso”, disse o senador momentos após ter sido confirmada a derrota dos governistas na Câmara.

Para o senador petista, a população já se deu conta de que Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “aproveitaram as manifestações para chegar ao poder”, mas que, da forma como o processo se deu, eles vão assumir, “fracos e sem legitimidade”, o governo. “Tenho convicção de dizer que as ruas vão pedir a cabeça dele, que é um conspirador de quinta categoria”, acrescentou o senador. Segundo ele, no entanto, há boas possibilidades de que o Senado evite que o país chegue a esse ponto.

“Vamos estudar o que fazer a partir de agora em relação a essa tentativa de golpe. O PT vai se reunir. Temos esperanças no Senado porque ainda tem muita gente indecisa lá. O que posso dizer é que eles não têm dois terços no Senado para afastar definitivamente a presidenta Dilma”, disse Lindbergh.

Em tom de comemoração pela vitória obtida na Câmara, o líder do PPS, Rubem Bueno (PR), disse que o Brasil terá, caso Temer assuma a Presidência da República, “um novo momento na política nacional”, pelo qual se buscará “a pacificação do país, com novos componentes e atores, a começar pelo presidente”.

Para Bueno, Dilma “perdeu completamente a autoridade moral” para continuar governando. “Ela cometeu crime de responsabilidade e emitiu decretos sem número”, além de provocar uma crise econômica no país. “A começar pela derrocada das finanças públicas pelo seu governo para se reeleger presidente em 2014”.

Tags:

Senado, Diretas Já, dilma, temer, impeachment, novas eleições, lindbergh farias, rubens bueno

Confira também

Cidade InformaPolítica
RevistaComportamento / Política
RevistaSociedade / Política

Junho / 2016

Mudar a cara da política
por DANIEL FASSA E THIAGO BORGES