Os candidatos Hillary Clinton, do Partido Democrata, e Donald Trump, do Partido Republicano, foram os vencedores da Superterça, o maior evento da corrida eleitoral destinada a escolher o sucessor de Barack Obama na presidência dos Estados Unidos.
A candidata Hillary Clinton está na frente entre os Democratas. Foto: Tech Sgt. Cohen A. Young (2010)
A Superterça permite que os estados que promovem as primárias e assembleias (caucuses) escolham, em eventos simultâneos, candidatos de partidos diferentes. Assim, pelo lado do Partido Democrata, Hillary Clinton ganhou em sete estados: Virginia, Tennessee, Alabama, Georgia, Arkansas, Texas e Massachusetts. Pelo Partido Republicano, Trump foi o vencedor na Georgia, em Alabama, Massachusetts, no Tennessee, na Virginia, em Arkansas e Vermont.
Com o resultado, Hillary avançou em seu objetivo de representar os democratas nas eleições presidenciais marcadas para novembro deste ano. Mas, para alcançar essa meta, Hillary precisa conter Bernie Sanders, o outro candidato democrata, que conquistou quatro estados – Vermont, Oklahoma, Colorado e Minnesota – na Superterça. Com um discurso em que proclama a necessidade de taxar os bancos para permitir que a classe trabalhadora tenha acesso gratuito aos serviços de saúde, Sanders vem conquistando simpatizantes, principalmente entre os eleitores jovens.
O republicano Donald Trump teve uma vitória confortável, mas ainda precisa consolidar sua posição em relação a outros candidatos, que também querem ser nomeados representantes do partido nas eleições presidenciais. Dois concorrentes de Trump – os senadores Ted Cruz e Marco Rubio – ganharam a preferência do partido em três estados importantes. Ted Cruz venceu em seu estado natal, o Texas, e em Oklahoma. Marco Rubio ganhou em Minnesota. Os demais candidatos republicanos, John Kasich e Ben Carson, ainda não ganharam em nenhum estado.
Com as vitórias alcançadas em Oklahoma, no Texas e em Minnesota, Ted Cruz e Marco Rubio continuam com chances de prosseguir na campanha, disse o professor Casey Klofstad, do Departamento de Ciência Política da Universidade de Miami, em declaração à Agência Brasil. Segundo Klofstad, os estados do Texas, Oklahoma e Minnesota são importantes e, portanto, Cruz e Rubio “vão continuar recebendo o apoio da cúpula do Partido Republicano e dos financiadores de campanha”.
Em entrevista à rede de televisão CBS, ontem (1º) à noite, Marco Rubio disse duvidar do sucesso da candidatura de Donald Trump nos próximos estágios da campanha eleitoral. "Trump nunca vai chegar a ter 1.237 delegados," afirmou Rubio, numa referência ao número mínimo de apoio de delegados que um republicano precisa ter para ser nomeado candidato oficial do partido.
Rubio acrescentou: "Vou fazer de tudo para não manter Donald Trump como o nosso indicado. Quem não condena a Ku Klux Klan não tem nenhum lugar no partido". Ao se manifestar, há três dias, sobre o apoio recebido de David Duke, antigo chefe do grupo extremista Ku Klux Klan, Donald Trump foi criticado por políticos e defensores dos direitos humanos por ter se recusado a condenar a filosofia da organização, que defende “a supremacia branca”. David Duke deu apoio público a Trump.