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Quatro bilhões de pessoas não têm acesso à internet e estão excluídas da era digital

Segundo o Banco Mundial, o número de usuários triplicou desde 2005, mas essa expansão beneficiou os mais ricos e qualificados. 60% da população mundial permanece sem acesso à rede

por ONU Brasil   publicado às 10:08 de 15/01/2016, modificado às 10:08 de 15/01/2016

O Banco Mundial destacou na última quarta-feira (13) que, embora o número de usuários de internet tenha triplicado desde 2005, 4 bilhões de pessoas permanecem sem acesso à rede. O número equivale a cerca de 60% da população mundial. De acordo com o organismo financeiro, a recente e acelerada expansão das tecnologias digitais favoreceu os setores mais ricos, qualificados e influentes das sociedades, mas ainda não gerou o crescimento e os empregos esperados.

Quatro bilhões de pessoas não têm acesso à internet e estão excluídas da era digital. Foto: Abr

O economista chefe do Banco Mundial, Kaushik Basu, alertou para o risco de se criar uma nova subclasse social, que não conseguiria se inserir nessa revolução digital. “Dado que quase 20% da população mundial não sabe ler, nem escrever, é improvável que a expansão das tecnologias digitais, por si só, signifique o fim da brecha de conhecimentos que existe no mundo”, ressaltou.

De acordo com o presidente do Banco, Jim Yong Kim, é fundamental continuar conectando as pessoas para que todos possam se beneficiar dos “dividendos digitais”, que envolvem novas oportunidades de trabalho e a melhoria dos serviços públicos. Segundo o dirigente, países devem estimular atividades econômicas e investir em educação.

Para que as promessas de desenvolvimento associadas à internet e às novas tecnologias sejam cumpridas, o organismo financeiro recomendou a universalização do acesso aberto e seguro à rede. O Banco Mundial ressaltou ainda a necessidade de adaptar as habilidades dos trabalhadores às exigências da nova economia. Também será preciso fortalecer as regulações que garantem a competição justa entre empresas.

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