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Movimento faz vigília em Brasília contra descriminalização do porte de drogas

Para os integrantes, a discussão sobre a política de drogas não deve se limitar à descriminalização, mas, sim, ao desenvolvimento de políticas de educação e atendimento aos dependentes

por Paulo Victor Chagas – Agência Brasil   publicado às 10:23 de 17/09/2015, modificado às 10:23 de 17/09/2015

O Movimento Brasil sem Drogas fez ontem uma vigília em frente ao Supremo Tribunal Federal contra a descriminalização do porte de drogas para uso próprio. Formado por pessoas que pertencem a diversas religiões, o movimento realizou uma cerimônia na Praça dos Três Poderes, celebrada pelo padre Pedro, de Luiziânia. O objetivo da vigília foi sensibilizar os ministros da Corte para que votem pela inconstitucionalidade da descriminalização.

Movimento faz vigília em Brasília contra descriminalização do porte de drogas. Foto: Marcello Casal Jr./ABr

De acordo com Andreia Salles, que faz parte do movimento, a discussão sobre a política de drogas no país não deve se limitar ao fato de criminalizar ou não a posse de drogas, mas, sim, de desenvolver políticas públicas de educação e atendimento aos dependentes.

"A gente não acredita que a Constituição Federal possa ser utilizada para justificar um ato ilícito", disse. Sobre a vigília ter sido marcada para o dia em que o STF votava a questão do financiamento de campanha e não a descriminalização do porte de drogas, ela explicou que o evento foi definido com muita antecedência e, por isso, não foi possível prever que nesta semana o assunto não estaria sendo discutido pelos ministros do Supremo.

Próximo ao local onde o padre Pedro conduziu a cerimônia religiosa, foram fixados cartazes com mensagens contra as drogas e o aborto. Um dos cartazes trazia a frase do papa Francisco: "Se o mal é contagioso, o bem também é. Deixemo-nos contagiar pelo bem".

O movimento Brasil sem Drogas foi criado em 2014, unindo pessoas de várias religiões que já militavam pela causa. Andreia, por exemplo, participa de um grupo de autoajuda que, ao lado do marido, que é ex-dependente químico, cuida de 500 dependentes.

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