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O papa Francisco declarou santas duas religiosas palestinas que viveram no século 19: Mariam Bawardi (1846-1878), Maria Alfonsina Ghattas, fundadora da Congregação das Irmãs do Rosário de Jerusalém e Maria de Jesus Crucificado Baouardy, monja da Ordem dos Carmelitas Descalços.
Durante a semana de oração pela unidade dos cristãos, a canonização de Santa Maria de Jesus Crucificado é muito significativa, pois ela também sofreu por causa do extremismo e de um ataque por rejeitar a mudança de religião. Já Santa Maria Alfonsina fundou uma congregação árabe local com o apoio das autoridades religiosas que teve uma importância decisiva no papel da mulher árabe no âmbito da cultura, da educação e do ensino. Atualmente, a congregação têm forte presença no mundo árabe – Jordânia, Palestina, Líbano e Emirados – especialmente no campo da educação religiosa e do ensino.
Diante de uma multidão de fiéis e debaixo de um sol forte, o papa enalteceu a vida das religiosas, "modelos de santidade, que a Igreja convida a imitar". "Permanecer em Deus e no seu amor, para anunciar com palavras e com a vida a ressurreição de Jesus, testemunhando a unidade entre nós e o amor dedicado a todos: foi o que fizeram as quatro santas hoje proclamadas", salientou.
Além do presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, estavam presentes na missa celebrada ontem (17), 2.124 pessoas da Palestina, Jordânia e Israel, guiadas pelo Patriarca latino de Jerusalém, Fouad Twal. Além dos bispos da Jordânia, Palestina, Líbano, Iraque, Marrocos, Tunísia, Egito, Líbia e Chipre.
O Patriarca Twal havia declarado anteriormente que, "em meio às dificuldades que vivemos, a proclamação de duas santas da Palestina é um evento espiritual muito importante para os habitantes da Terra Santa. Representam uma nova luz para o nosso caminho”. E acrescentou: “temos agora duas novas santas que são um modelo de perfeição tanto para os cristãos quanto para os muçulmanos e os judeus”.
As duas religiosas palestinas são as primeiras dessa nacionalidade a serem canonizadas.
*Texto original editado pela Cidade Nova às 9h