Cidade Nova Um projeto pela Fraternidade Universal

No picadeiro, os alunos da Escola Nacional de Circo vão mostrar toda a diversidade, riqueza e variedade do processo de ensino e aprendizagem, em espetáculos dirigidos pelos professores da instituição. A escola estará aberta durante todo o ano para visitação de pequenos grupos. O público terá a oportunidade de conhecer o cotidiano, sua estrutura e história.

Professor da ENC, o cubano Antônio Rigoberto Enriquez, de 54 anos, comentou a importância das atividades circenses para as pessoas, independentemente da idade. “Moro no Brasil há 16 anos, e o nosso principal objetivo é incentivar a cultura brasileira e a arte do circo, uma arte milenar que não pode morrer. Para as crianças, é sempre algo novo, incentivador; elas procuram aquilo que comumente não veem, como a magia do circo e a alegria, somados à destreza, força e ao desafio do novo. E isso é para todo mundo, até para os adultos, que acham tudo superinteressante.”

O artista Richard Riguetti, diretor artístico do Grupo Off-Sina, também conhecido como Palhaço Café Pequeno, lembrou que, além do Dia Nacional do Circo, a data comemora o Dia Internacional do Teatro.

“Nós, artistas, comemoramos este dia para mostrar à população que temos algo especial, um mundo melhor do que este que se apresenta para nós diariamente. Isso é o que esperamos para todos os brasileiros e brasileiras.”

Representante do Fórum do Artista Público, órgão que se reúne todas as segundas-feiras na Lapa, no centro do Rio, para mobilizar todos os artistas de rua de diversas linguagens, Riguetti destacou que, após a promulgação da Lei do Artista de Rua (2012), as pessoas passaram a respeitar mais esse tipo de arte.

“Estamos organizando o segundo festival, que reunirá artistas de toda a cidade, em um movimento que vai durar quatro meses. As praças, ruas e vielas são espaços em que também podemos construir a nossa poética. Estamos convocando a sociedade para legitimar essa atividade que é muito antiga. Antes de existirem o circo e o teatro, os artistas trabalhavam na rua.”